Ele assume que levou a menina para o Paraguai por “ela estar passando fome”.
A Policia Nacional do Paraguai prendeu no meio da manhã de ontem, quinta-feira (3), Juliano dos Santos Cabral acusado de ser o autor do sequestro e abuso sexual contra uma menor de 5 anos de idade, crime que aconteceu na madrugada de terça para quarta-feira no bairro Jardim Ivone em Ponta Porã.
A reportagem do site Pontaporainforma, através do jornalista Ronald Ledesma, foi até a Comissaria Segunda, onde Juliano esta preso e conversou com o acusado que em um primeiro momento disse que levou a menina embora porque ela estava passando fome, sem comida e sem nada, e negou que tenha abusado da menor, informando que a levou porque viu que a menor passava fome.
“Fizeram um tal de um exame e ela já tinha sido mexida e eu nem eu sabia, ficou na minha culpa e eu tive que assinar tudo” disse Juliano dos Santos Cabral.
Os dois, o suposto autor dos fatos e a menor sequestrada deveriam ter vindo para a cidade de Ponta Porã na tarde de quinta-feira (3), mas isso não aconteceu. Segundo informações apuradas junto à polícia brasileira, as autoridades paraguaias resolveram submeter a menina ao exame de corpo de delito, conversa com uma psicóloga forense e a uma audiência com o Ministério Público do Departamento de Amambay, que deverá acontecer ainda hoje, sexta-feira (4).
Já a delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher, Marianne Cristini de Souza, disse que as autoridades paraguaias estão cumprindo o protocolo para estes casos e querem saber se a menina sofreu abuso quando estava no território paraguaio.
Marianne contou que o Consulado Brasileiro em Pedro Juan Caballero colocou um advogado à disposição e que assim que menina for entregue para as autoridades brasileiras ela vai encaminhar a criança para a rede de assistência que foi montada. A delegada disse que esteve com a criança e que conversou pouco com ela, mas notou que a menor está assustada com toda a situação e o ideal seria ela vir o mais rápido possível para o Brasil.
Assista o vídeo e confira a entrevista a Ronald Ledesma:
