O Twitter anunciou na noite desta terça-feira (5) que vai introduzir medidas para limitar o alcance das contas governamentais da Rússia e assim diminuir o impacto do alcance da “propaganda oficial” sobre a guerra na Ucrânia.
“Não amplificaremos nem recomendaremos as contas governamentais que pertencem a Estados que limitam o acesso à informação livre e que estejam envolvidos em guerras entre países, seja o Twitter bloqueado nesses países ou não. Quando um governo bloqueia ou limita o acesso aos serviços online em seu Estado, minando a voz e a possibilidade de acessar livremente as informações, mas continua a usar os serviços online para as próprias comunicações, isso cria um grave desequilíbrio informativo”, diz a nota.
Há algum tempo, a rede social já identifica contas de pessoas, agências estatais em geral e também de notícias quando elas são mantidas total ou parcialmente por algum governo nacional. Com isso, a decisão desta terça afetará todos esses perfis.
Recentemente, a Meta – empresa dona do Facebook e do Instagram – já havia banido dois canais de comunicação oficiais da Rússia, a emissora Russia Today, também conhecida como RT, e a agência de notícias Sputnik – seguindo uma decisão da União Europeia. No entanto, diversas outras empresas de comunicação recebem verbas diretas de Moscou para funcionar.
E, desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, o presidente Vladimir Putin apertou ainda mais o cerco aos poucos veículos de comunicação independentes e baixou uma legislação que prevê até 15 anos de prisão para jornalistas ou empresas que citarem o conflito no país vizinho de qualquer forma que não seja “operação militar especial” ou que falarem sobre os combates com informações que não sejam as oficiais de Moscou.