Trabalhadores se desesperam ao ter perícia no INSS remarcada mais uma vez na Capital

Foto: Carol Leite/Jornal Midiamax

 A estimativa é de que 16 mil pessoas do Estado estão na fila por perícia médica.

‘É toda semana a mesma coisa, trabalhadores indo e vindo do INSS de Campo Grande, sem atendimento’. A estimativa é de que 16 mil pessoas do Estado estão na fila por perícia médica, etapa essencial para concessão do benefício financeiro.

Nesta quarta-feira (27), a história se repetiu mais uma vez. Fabiana Martins dos Santos, de 27 anos, tem um filho de 6 anos e saiu de Anastácio às 3h para vir a Campo Grande passar por perícia. Ela relata que somente no INSS foi informada de uma greve e a necessidade de remarcar a data. “Agora não sei o que vamos fazer, é esperar. Podiam ter avisado antes”.

Raquel Aparecida de Abreu saiu de Bonito antes das 2h da madrugada para atendimento às 10h40 no INSS. “Chegando aqui hoje, simplesmente a moça do atendimento falou pra mim que o médico já tinha ido embora”, conta ela, que ficou dois meses afastada do trabalho sem receber nenhum real da previdência.

A trabalhadora ainda conta que viu pessoas indo embora e sofreu retaliação da direção da agência. “É um descaso, na verdade, porque agora, por último, o diretor da agência me proibiu de entrar na agência. Disse que não ia ter mais atendimento, pra mim ir embora, que vai ser remarcado automaticamente”, disse.

Desespero na porta do INSS

Há quatro meses, Ester Gonçalves vive sem salário e sem receber nada do INSS. Desde 11 de julho ela aguarda por perícia para conseguir o benefício a que tem direito, enquanto isso, luta contra um câncer e sessões de quimioterapia.

Nesta quarta-feira (27), ela passou por momentos críticos ao ser informada de que não seria atendida. Desesperada e chorando, conversou com a reportagem e, no fim, conseguiu o tão aguardado atendimento.

“Tá sempre tudo certo, mas a gente chega aqui e fala que tão em greve, que o médico tá atendendo reduzido. Os funcionários descontam na gente. Mas a gente contribui e quando chega aqui é tratado assim. Não é justo”, conta.

O INSS foi questionado sobre o assunto e o espaço segue aberto ao posicionamento.

Fonte: Midiamax