Suspeito de atacar mulher tem álibi e não foi reconhecido por testemunhas

Rapaz se dispôs a fornecer material genético para que exame de DNA descarte completamente a suspeita que recai sobre ele

31/07/2019 13h10 – Campograndenews

Apontado como o responsável por estuprar e esfaquear uma mulher de 31 anos no Jardim Carioca, rapaz que se apresentou à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na tarde de ontem (30) foi descartado como suspeito e liberado pela polícia. Segundo a delegada Joilce Ramos, ele tem álibi para o horário do crime (estava em outro local) e não foi reconhecido por três testemunhas que dizem ter visto outro homem próximo ao local onde a vítima foi encontrada.

O homem de 28 anos, que teve o nome preservado pela polícia, teve foto amplamente divulgada nas redes sociais e entregou a polícia por medo de ser assassinado por “justiceiros” no bairro. O rapaz também se dispôs a fornecer material genético para que exame de DNA descarte completamente a suspeita que recai sobre ele.

A delegada revelou ainda que ouviu três pessoas nessa terça-feira (30), que relataram ter visto um homem em cima de uma árvore com uma faca na mão pouco antes do atentado contra a mulher O rapaz que se entregou ontem foi apresentado e nenhuma das três pessoas o reconheceu como a pessoa vista na rua do ataque.

Moradores do Jardim Carioca compartilharam imagem extraída de flagrante de câmera de segurança acusando o homem da foto como o autor do estupro e tentativa de homicídio.

Além disso, durante as buscas da Polícia Militar no bairro, “cinco ou seis pessoas” abordaram equipe dizendo que também procuravam o suspeito para fazer “justiça com as próprias mãos” e uma delas apontou o local onde o homem morava.

Abordado, o então suspeito confirmou ser ele nas fotos. Alegou que durante a madrugada entrou em um comércio da região, furtou um celular, mas negou ter estuprado ou esfaqueado a vítima. Com medo de ser assassinado por um crime que não cometeu, se entregou e foi levado para a Deam.

A investigação agora volta para a estaca zero. “Ainda não temos um suspeito”, disse a delegada.

Sede da Casada Mulher Brasileira, onde funciona a Deam, delegacia que investiga o caso (Foto: Paulo Francis/Arquivo)