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quinta-feira, 19 de setembro, 2024
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Setores crescem e rebanho bovino de MS amplia após seis anos, chegando a 18,9 milhões de cabeças

A PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal), elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que Mato Grosso do Sul continua sendo o 5º estado com o maior rebanho bovino do país, com 18,9 milhões de cabeças. O efetivo cresceu após seis anos em declínio.

MS perdeu a 4ª posição em 2019, com 7,9% do efetivo nacional. O levantamento também aponta que houve crescimento nos rebanhos de bovinos (2,5%), bubalinos (3,4%), suínos (2,2%) e galináceos (0,7%) e queda no rebanho de equinos (-18,8%), ovinos (-18,5%) e caprinos (- 18,6%).

A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (19). Os dados são obtidos mediante consulta a entidades públicas e privadas, produtores, técnicos e órgãos ligados direta ou indiretamente à produção, comercialização, industrialização, fiscalização, fomento e assistência técnica à agropecuária.

Resultados 

Entre as cidades de MS, Corumbá mantém destaque com o maior efetivo de equinos do país, com 36.071 cabeças, e o segundo maior rebanho de bovinos, com 2.150.382 cabeças. 

Aquidauana ficou em 13º lugar no ranking nacional de rebanho bovino, com 853.842 cabeças, e Ribas do Rio Pardo ficou em 15º lugar, com 826.757.

De maneira geral, Corumbá ficou com o segundo maior rebanho do Brasil, com 2,15 milhões de animais e 11,3% do efetivo do Mato Grosso do Sul. Seguem-no os municípios de Aquidauana (13º do Brasil), Ribas do Rio Pardo (15º) e Porto Murtinho (21º). 

Em 2023, São Félix do Xingu (Pará) mais uma vez liderou o ranking municipal de efetivo de bovinos; o rebanho de 2,5 milhões de cabeças foi equivalente a 10% do efetivo paraense.

Já o estado de Mato Grosso se manteve detentor do maior rebanho estadual, com 14,2% do efetivo nacional, o equivalente a 34 milhões de animais, queda de 0,7% em relação a 2022. 

O crescimento do rebanho bovino de MS representa aumento de 2,4% em relação à data de referência do ano anterior. A estimativa reverteu a retração iniciada em 2017 e coloca o estado na mesma direção que a produção nacional, que vem crescendo desde 2019.

O contingente do país atingiu 238,6 milhões de cabeças em 2023, marca que representa um acréscimo de 1,6% em relação ao ano anterior. Essa estimativa representou também o maior valor da série histórica da pesquisa.

Rebanho suíno bate recorde no MS em 2023

Em relação ao rebanho suíno, Mato Grosso do Sul contabilizou 1,68 milhão de cabeças em 2023, representando recorde na série histórica e aumento de 2,17% na passagem de 2022 para 2023.

O resultado manteve o Estado em 6º lugar entre os estados, revertendo uma tendência de queda observada entre os maiores produtores quando comparado a 2022.

Estes estados são Santa Catarina, com 9,3 milhões de cabeças, uma queda de 5,4%, o Paraná, com 6,9 milhões, uma queda 1,1% e o Rio Grande do Sul, com 6 milhões, uma queda 1,7%.

Acompanhando o bom momento no total de suínos em MS, o número de matrizes de suínos também apresentou crescimento, atingindo a marca de mais de 241 mil cabeças, uma alta de 16,2% se comparado ao ano anterior. 

Entre os municípios de MS, Glória de Dourados (277.743 cabeças), Dourados (221.458 cabeças) e São Gabriel do Oeste (169.385 cabeças) se destacam com os maiores rebanhos do Estado.

Essas cidades estão entre os 40 maiores criadores de suínos do Brasil, com Glória de Dourados na 18º posição, Dourados na 26º e São Gabriel do Oeste na 31º. 

Em relação às matrizes de suínos, Jateí (47.128 cabeças) é o maior produtor, acompanhado por Ivinhema (27.219 cabeças), e Brasilândia (20.792).

Efetivo de galináceos aumenta 0,7% 

A criação de galinhas também cresceu em MS (0,7%), passando de 34 milhões de cabeças em 2022 para 34,2 milhões em 2023. 

Entre os estados, MS manteve o 11º maior efetivo do país. Quando especificados o sexo e a espécie, MS possui 5,6 milhões de galinhas e 194,2 mil codornas. 

A cidade do Estado com maior rebanho é Sidrolândia, que tem o 21º maior rebanho de galináceos entre os municípios do país, com 6,9 milhões de cabeças em 2023, número 4,9% menor do que o registrado em 2022 (7,3 milhões). A primeira posição ficou com Itaberaí (GO), com 16,0 milhões de cabeças.

Produção de ovos

A produção de ovos de galinha também teve aumento, de 10,2%. O índice saiu de 84,4 milhões de dúzias em 2022 para 93 milhões dúzias em 2023. 

Com essa produção, MS subiu uma posição em relação ao ano de 2022, e agora ocupa a 12ª colocação no ranking entre os estados brasileiros. 

O principal produtor continua sendo Terenos, com 32,2 milhões de dúzias e desempenho 18,1 % superior a 2022 (27,2 milhões de dúzias). 

Também ganha destaque o município de Ivinhema, que produziu 27,1 milhões de dúzias de ovos em 2023. O valor da produção de ovos de galinha em MS subiu 16,9%, de R$ 422,2 milhões em 2022 para R$ 493,4 milhões em 2023.

Psicultura de MS está em 11º no país

A aquicultura sul-mato-grossense produziu 26,6 milhões de toneladas em 2023, ocupando a 11ª posição entre os estados brasileiros. O valor de produção em MS ficou em R$ 265 milhões no ano passado. 

Os três maiores produtores foram o Paraná (172,3 milhões de toneladas), Ceará (93,3 milhões de toneladas) e São Paulo (60,8 milhões de toneladas). 

Os três principais produtos da aquicultura do Estado foram os seguintes: 

Setores crescem e rebanho bovino de MS amplia após seis anos, chegando a 18,9 milhões de cabeças

Entre os 20 municípios do país com maior produção total de peixes, destaque para Selvíria, que ocupa a sétima posição, contabilizando um total de 11,9 milhões de toneladas produzidas em 2023. 

Os três maiores produtores da aquicultura nacional foram os municípios de Morada Nova de Minas (MG), com 20,0 milhões de toneladas, Nova Aurora (PR), com 19,5 milhões de toneladas, Jatobá (PE), com 15,8 milhões de toneladas. 

A estimativa da produção de peixes no Brasil, em 2023, mostrou um aumento de 5,8% na atividade, chegando a 655,3 mil toneladas produzidos nacionalmente, o que resultou em um valor de produção de R$ 6,7 bilhões, crescimento de 16,8% no valor da produção em relação ao ano anterior. 

Produção de leite cresce 3,8% em MS

O efetivo de vacas ordenhadas cresceu 3,07% no Estado em 2023, alcançando 164,6 mil animais. No ano anterior eram 159,7 mil. Entre os municípios de MS com maior número de vacas ordenhadas estão Itaquiraí (12.781), com aumento de 14,9% em relação a 2022, e Paranaíba (9.954), com aumento de 19,0% em relação a 2022. 

No Estado, o aumento no número de vacas ordenhadas foi sentido na produção de leite. Em 2023, foram produzidos 307,1 milhões de litros de leite em MS, 3,8% a mais do que no ano anterior, que havia fechado em 295,8 milhões de litros. 

O valor da produção de leite foi de R$ 673,8 milhões, 5,2% maior que o estimado em 2022.

O município de Itaquiraí manteve a posição de maior produtor de leite no Estado, com 59,4 milhões de litros, aumento de 16,6% em relação a 2022.

Setores crescem e rebanho bovino de MS amplia após seis anos, chegando a 18,9 milhões de cabeças

Minas Gerais continua sendo o maior produtor do país, com 9,4 bilhões de litros, seguido pelo Paraná, com 4,5 bilhões. Mato Grosso do Sul figura a 20ª posição, com 307,1 bilhões de litros de leite no ano. 

Produção de mel tem aumento de 11,6%  

Em 2023, a produção de mel em Mato Grosso do Sul foi de 803 toneladas, alta de 11,6% em relação a 2022 (719 toneladas). Por outro lado, o valor da produção foi estimado em R$ 13,6 milhões, 24,2% maior que o obtido no ano anterior (R$ 11 milhões).

Setores crescem e rebanho bovino de MS amplia após seis anos, chegando a 18,9 milhões de cabeças

Na comparação entre os municípios produtores de mel em MS, Brasilândia passou a ocupar a primeira posição no ranking. Esse município teve aumento de 100% em sua produção, quando comparado ao produzido em 2022. 

Já Três Lagoas, que figurava a primeira posição em 2022, passou a ocupar o segundo lugar no ranking de 2023, mesmo apresentando aumento de 40,6% na produção de mel em relação ao ano anterior.