Hugo Skulny foi morto a tiros em Sete Quedas e partes do corpo foram encontradas no Rio Iguatemi, em 2023.
A Justiça remarcou para fevereiro a primeira série de audiências do processo sobre a morte do jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, morto a tiros e esquartejado em Sete Quedas, a 468 quilômetros de Campo Grande. Este é o segundo adiamento das sessões onde serão interrogadas as testemunhas de acusação, defesa e os réus.
Dois réus respondem por homicídio qualificado por motivação torpe, sem chance de defesa da vítima e emprego de meio cruel, além do crime de ocultação de cadáver: a ex-namorada do jogador, Rubia Joice de Oliver Luvisetto, 21 anos, e o “ficante” dela, Danilo Alves Vieira da Silva, 29 anos. Os dois estão presos pelo crime desde o ano passado.
Também estão na lista de acusados Cleiton Torres Vobeto, amigo de Rubia Joice, pelo crime de ocultação de cadáver; a mãe da jovem, Noemi Matos Oliver e o padrasto, Patrick Eduardo do Nascimento por fraude processual.
Anteriormente, a audiência estava prevista para ser dividida em três dias, de 11 a 13 de dezembro. Porém, o juiz designado em substituição para Vara Criminal de Sete Quedas, Vinícius Pedrosa, pediu o reagendamento, conforme despacho publicado no Diário de Justiça de 5 de dezembro.
A alegação do magistrado foi que já tinha pautas marcadas para as datas em Três Lagoas, onde atua como juiz titular. Naquele despacho, as audiências foram remarcadas para os dias 22, 23 e 24 de janeiro.
Agora, as audiências foram novamente adiadas, desta vez, para os dias 27, 28 e 29 de fevereiro, a partir das 13 horas. Segundo publicação no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o novo juiz em substituição é Antônio Adônis Mourão Junior, que também atua em Iguatemi e, por conta do acumulo de trabalho, pediu a remarcação.
O crime
Na madrugada do dia 25 de junho, Hugo Skulny saiu de uma festa em posto de combustível na cidade de Pintoty Porã, no Paraguai, na região de fronteira, próximo de Sete Quedas.
Na sequência, foi deixado por amigos na casa da ex-namorada e, desde então, não foi mais visto. No domingo, 2 de julho, partes do corpo dele foram encontradas no Rio Iguatemi. Uma tatuagem ajudou na identificação da vítima. No dia 3 de julho, partes da cabeça foram encontradas.
A investigação policial apontou que Rubia Joice de Oliver Luivisetto e o “ficante” Danilo Alves Vieira da Silva premeditaram o assassinato de Hugo Vinícius. Rubia foi coautora e Danilo quem matou o jogador a tiros. Depois, a vítima foi esquartejada com uma serra elétrica no local onde foi desovado.
Durante as investigações, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, apreendidos celulares, carros, barco, instrumentos cortantes e DVR.
Após se entregar à polícia, Rubia alegou que Hugo invadiu sua casa e Danilo atirou contra o ex durante a confusão. Depois, o “ficante” teria feito ameaças de morte a ela e Cleiton, para que os dois ajudassem a encobrir o crime.
A moça também afirmou que Danilo e o amigo foram os responsáveis por colocar o corpo de Hugo na carroceria do veículo dela e se livrarem do cadáver. Disse que não sabia o que havia sido feito do corpo, muito menos do esquartejamento.
Fonte: Campograndenews