Programa de Aquisição de Alimentos foi debatido com agricultores familiares

14/02/2017 06h50

O principal objetivo do encontro foi ouvir as sugestões, críticas e reivindicações dos agricultores familiares.

Divulgação (TP)

A Prefeitura de Ponta Porã, através das secretarias municipais de Desenvolvimento Sustentável e de Assistência Social, promoveu um encontro com agricultores familiares do Distrito de Nova Itamarati para debater as questões ligadas ao Programa de Aquisição de Alimentos, uma importante fonte de renda para os pequenos produtores do município, especialmente os que moram e produzem nos assentamentos rurais.

O secretário de Desenvolvimento, Daniel Valdez – Puka, estava acompanhado por sua equipe técnica e pela secretária de Assistência Social Vera Lúcia de Oliveira. O principal objetivo do encontro foi ouvir as sugestões, críticas e reivindicações dos agricultores familiares.

A Assistência Social, através do programa Banco de Alimentos que recebe boa parte da produção do assentamento, abriu espaço para que os produtores apresentassem sugestões.

A secretária Vera Lúcia colocou a Secretaria Municipal de Assistência Social à deposição para melhor trabalhar e atingir a meta e lembrou da importância dos cursos de como manejar como aproveitar cada alimento no Banco (cursos com psicólogo e nutricionista) Vera aproveitou para destacar a importância das mulheres trabalharem nas associações.

O técnico agrícolas Vatair Gonçalves Prata fez os seguintes pedidos: Transporte adequado para os alimentos, como um caminhão baú refrigerado, caixas para separar, pois o alimento tem que chegar com qualidade boa para ser consumida até a mesa das famílias beneficiadas. Ele também pediu que o Banco deveria ter um endereço eletrônico (e-mail), para que os agricultores possam, através de suas cooperativas e associações, encaminhar os documentos com maior rapidez pois fica muito cansativo e gasta tempo e combustível para ficar indo e vindo ate a cidade.

Segundo ele, o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos está registrando avanços e precisa ter mecanismos para enfrentar o mercado competitivo. Também que está tendo uma grande procura da parte dos agricultores querendo ingressar no projeto.

O secretário Puka relatou que a Prefeitura já solicitou junto à Polícia Federal a cedência de um veículo de grande porte e outro, menor, com baú refrigerado para ser usado no assentamento e, desta forma, facilitar o trabalho dos agricultores familiares. Esta parceria com a Polícia Federal será de vital importância uma vez que a Prefeitura não tem condições de adquirir os veículos.

André Aparecido Bispo, da Cooperafi citou a necessidade de futuramente aumentar de 5 para 10 projetos no PAA, e também falou da importância da credibilidade do Banco de Alimentos.

Já Ewerton Cardoso, coordenador do Banco de Alimentos, falou que em relação às caixas para o transporte dos alimentos, já foram encaminhados os pedidos para serem adquiridos e, assim que chegarem, será feito um trabalho rotativo com as cooperativas.

O agricultor familiar Marçal reforçou o pedido da internet e também do transporte adequado dos alimentos. Ele falou também da dificuldade em relação do DAP ((Declaração de Aptidão ao Pronaf) e argumentou que é preciso mudar o órgão que cuida dos procedimentos para efetuar esta Declaração.

O secretário Puka, novamente fez uma intervenção, informando que entregou nas mãos do Senador Pedro Chaves um oficio solicitando apoio em relação esses documentos e teve retorno do senador já que pediu para que seja entregue um relatório com o levantamento com os nomes das famílias com dificuldade e pede também as cooperativas que repassem os problemas para que juntos possam solucionar.

O assentado Jacob falou que desde o início do PAA já é obrigatório que tenha 40% que sejam mulheres, e lembrou também das dificuldades enfrentadas pelos participantes do Programa devido às constantes chuvas. Por isso não conseguiram produzir e atingir a meta, chegando inclusive a perder parte considerável da produção. Ele relatou que, por isso, foi preciso pegar dinheiro emprestado e devolver recursos para o governo federal.

Outro tema debatido foi outro programa federal, o PNAE – Programa Nacional de Alimentação escolar que prevê a aquisição de 30% dos alimentos da merenda escolar para escolas públicas municipais, produzidos pelos agricultores familiares.

Em Ponta Porã não está sendo possível atingir essa meta de 30% porque está apenas atendendo com o setor primário (verduras). Os agricultores familiares sugeriram que seja instalado um laticínio comunitário para que eles possam aumentar as vendas para o PNAE, contribuindo para melhorar suas rendas.

No final da reunião, os secretários municipais destacaram a importância do diálogo como forma de melhorar as ações promovidas pela Prefeitura. Eles garantiram que atender da melhor forma possível os agricultores familiares é uma das prioridades da administração do prefeito Hélio Peluffo Filho.

Secretários municipais e agricultores familiares debateram medidas que visam ampliar a produção de alimentos em Ponta Porã.