Em formato de ovo, barra ou bombom, o chocolate integra a lista de alimentos mais consumidos durante a Páscoa. A origem do chocolate é o cacau, um fruto amazônico versátil, cujas amêndoas, quando devidamente preparadas, tornam-se chocolate. O Brasil é o sexto maior produtor mundial de cacau, com média anual de 200 mil toneladas, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A produção brasileira é praticamente toda absorvida pelo mercado interno, que utiliza o cacau para fabricar, além de chocolate, cacau em pó, manteiga para cosméticos e alimentos, bebidas lácteas, biscoitos, entre outros derivados.
No fluxo de ida e vinda do cacau e de seus produtos, a infraestrutura de transporte exerce um papel fundamental para a garantia do abastecimento do mercado internacional e da tão comemorada Páscoa pelos brasileiros.
“Investir na modernização dos portos, como temos feito, é garantir maior qualidade de vida para a população, gerar emprego e renda e aquecer a economia. Mesmo em situações cotidianas, em que as pessoas não se relacionam diretamente com a infraestrutura, ela, de alguma forma, está presente”, ressaltou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Do Brasil para o mundo
Em 2024, o Brasil exportou, via portos, 51.049 toneladas de cacau e derivados como carga conteinerizada, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os navios seguiram com destino à vizinha Argentina (7,9 mil toneladas), ao Marrocos (7,7 mil toneladas), aos Estados Unidos (7,5 mil toneladas) e à Holanda (5,3 mil toneladas), entre outros países. A Bahia é o estado de origem de mais de 90% de toda a produção exportada, escoada por rodovias ou pelo Porto de Salvador.
Embora a produção da matéria-prima se concentre no sul do estado baiano e no centro-oeste do Pará — mais dedicado ao consumo interno —, os alimentos derivados do cacau e o chocolate, queridinho da Páscoa, saem do país principalmente pelo Porto de Santos. Das 39,5 mil toneladas exportadas em 2024, quase 18 mil embarcaram no maior porto da América Latina. Por lá também chegaram 6,6 mil toneladas de chocolates — segundo a Autoridade Portuária de Santos —, do total de mais de 20 mil exportadas no ano passado.
Antes do chocolate, vem a amêndoa
Mesmo sendo o sexto maior produtor mundial de cacau, o Brasil recorre ao mercado externo para garantir matéria-prima suficiente para abastecer o mercado interno. Entre janeiro e março deste ano, o país importou 28,9 mil toneladas da amêndoa em estado bruto ou torrado — 91,8% a mais em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da plataforma Comex, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Em todo o ano de 2024, foram importadas 26,5 mil toneladas da amêndoa.
Vinda da Costa do Marfim, na África Ocidental, a amêndoa do cacau desembarcou direto na Bahia, via Porto de Ilhéus. O estado é o segundo maior produtor da matéria-prima no Brasil, atrás apenas do Pará, e concentra boa parte das moageiras da semente. Segundo a Antaq, foram importados, via contêineres, 70.026 toneladas de cacau e suas preparações, com destaque para os produtos do Marrocos, com mais de 12 mil toneladas.
Seja transportado por portos, aeroportos ou rodovias, o chocolate tem chegado aos mais de 5,5 mil municípios do país, levando energia, sabor e alegria aos milhões de brasileiros que aguardam ansiosamente a chegada da Páscoa para desfrutar dessa iguaria universal.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
Fonte: Portos e Aeroportos