Número é 27,65% maior do que o ano de 2018, quando foram apreendidas 141 aves. Balanço do trabalho também aponta R$ 755 mil em autuações.
27/12/2019 07h30 – Por: G1 MS
A Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encerram ação contra o tráfico de papagaios nessa quinta-feira (26) com a prisão de 6 pessoas e autuações no valor de R$ 755 mil, além da apreensão de 185 aves.
Segundo os envolvidos, no mês de dezembro ocorre o fim da reprodução do papagaio. No entanto, as ações começaram no dia 15 de agosto deste ano, com vistoria em fazendas e bloqueios para evitar o tráfico de animais silvestres.
Foram apreendidos ao todo 180 aves da espécie papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além de cinco periquitos. O número é 27,65% maior do que o ano de 2018 quando foram apreendidas 141 aves. Porém, comparado ao ano de 2017, em que não houve a operação Bocaiúva, o percentual caiu em 49,57%. Naquele ano as apreensões foram de 357 papagaios, o que indica que a operação é essencial para a prevenção ao tráfico.
Ainda conforme a PMA, a atuação da Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foram essenciais nas apreensões, com 43 policiais e fiscais trabalhando para preservar o período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas, etc).
Como aconteceram nos anos anteriores, outras unidades da Polícia Militar foram importantes nas apreensões, bem como outras forças de segurança, como Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil tiveram participações importantes na prevenção e repressão ao tráfico das aves na região foco.
A principal região de tráfico de papagaio são os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo.
Atividade criminosa rentável
O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.
Como o que interessa ao comprador na espécie, é a capacidade que ela tem de aprender a imitar a voz humana, a retirada só é realizada enquanto filhote. Por esse motivo, o período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres no Estado de Mato Grosso do Sul, pois, é o período reprodutivo dos papagaios, que é o animal mais traficado no Estado.