PF cumpre 10 Mandados de Busca e Apreensão em Ponta Porã

O objetivo é desarticular organização criminosa atuante no tráfico internacional de drogas e de armas de fogo

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (25/06) a Operação Exílio, com o objetivo de desarticular organização criminosa vinculada à facção criminosa atuante no tráfico internacional de drogas e de armas de fogo, a partir da fronteira do Brasil com o Paraguai.

No transcorrer das investigações, descobriu-se que a organização criminosa investigada é liderada por indivíduos foragidos do sistema prisional paulista, os quais seriam vinculados ao Primeiro Comando da Capital. Os investigados seriam responsáveis por comandar ações de interesse do PCC na região de fronteira formada pelas cidades-gêmeas Ponta Porã (Brasil) e Pedro Juan Caballero (Paraguai).

Ainda, verificou-se que os integrantes da Orcrim ocupavam imóveis de alto valor agregado e transitavam em veículos de luxo, adquiridos com valores oriundos da prática de atividades criminosas.

As ações reforçam a diretriz de atuação da Polícia Federal relativa à desestruturação financeira e estrutural das grandes organizações criminosas com a responsabilização penal de seus integrantes, sobretudo seus líderes.

Por suas condutas, os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de organização criminosa (art. 2º da Lei nº 12.850/2013), tráfico internacional de drogas (arts. 33, caput, c/c 40, I, da Lei 11.343/2006), tráfico internacional de armas (art. 18 da lei 10.826/2003), cujas penas somadas podem ultrapassar 39 anos de reclusão.

Estão sendo cumpridos 10 Mandados de Busca e Apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Porã, em endereços localizados no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. Cerca de 110 policiais, incluindo integrantes do Comando de Operações Táticas (COT), da Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Polícia Federal, participam da ação. O Centro Integrado de Operações de Fronteira auxiliou nas investigações.

A Operação foi denominada “Exílio” em razão da descoberta de que indivíduos foragidos e vinculados ao PCC teriam buscado abrigo na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, se passando por empresários mediante uso de documentos falsos e realizando atividades delituosas.