A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu as investigações para confirmar a suspeita de que a situação “não é natural”.
A Polícia Federal vai apurar as causas de incêndios e queimadas que atingem todo o país. Em coletiva de imprensa neste domingo (25), a corporação confirmou a abertura de dois inquéritos referentes à situação de São Paulo. Ao todo, a PF tem 31 inquéritos do tipo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu as investigações para confirmar a suspeita de que a situação “não é natural”.
A ministra afirma que existe uma “forte suspeita” de que um segundo Dia do Fogo, uma referência a uma ação orquestrada de criminosos que incendiou mais de 470 propriedades rurais em agosto de 2019. “É uma verdadeira guerra contra o fogo e contra a criminalidade”, reforça Marina. “Fundamental que se entenda que o que está acontecendo. Quando se trata de ação criminosa, será punida com todo o rigor que a lei nos oferece”, completa.
Segundo a ministra, o presidente Lula vai participar da próxima reunião ordinária da sala de situação criada em junho para prevenção e controle de incêndios e secas em todos os biomas, com foco inicial no Pantanal. Neste domingo (25), Lula participou do encontro para discutir os focos de incêndio, que se espalham por todo o país. No entanto, não falou com a imprensa após a reunião. O encontro aconteceu na sede do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), onde está localizado o Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais).
Além de Lula e Marina, estavam presentes na reunião o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a primeira-dama Janja da Silva, o presidente do Ibama, Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Desde sexta-feira (23), cidades de São Paulo e de Goiás e o Distrito Federal acordaram cobertos com uma espessa camada de fumaça. Em Brasília, visitantes da Torre de TV não conseguiam ver a Esplanada dos Ministérios, localizada logo em frente, por conta da fuligem.
Os focos de incêndio têm batido recorde neste ano. A Amazônia, o Pantanal e o Sudeste do país estão nas situações mais críticas. O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos divulgou imagens que mostram um corredor de monóxido de carbono que se estende do Norte brasileiro até as regiões Sul e Sudeste, passando por Peru, Bolívia e Paraguai
Fonte: R7