O eleitor douradense tem excelentes nomes na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa
As ruas de Dourados foram literalmente tomadas por candidatos paraquedistas de Campo Grande nesta reta final da campanha eleitoral. Tanto a área central quanto os bairros estão sendo ocupados por cabos eleitorais e lideranças contratados para levar o voto dos douradenses. É justamente neste ponto que reside o perigo: esses candidatos não têm qualquer compromisso com Dourados, aparecendo no município a cada quatro anos e, ainda assim, conseguem levar caminhões de votos que impedem a eleição de nomes locais, que residem em Dourados e podem ser cobrados pelos eleitores ao longo do mandato. A coluna percorreu ruas do centro e dos bairros hoje e constatou que os candidatos de Campo Grande estão correndo atrás dos 169.042 eleitores douradenses e que as campanhas desses paraquedistas estão nas esquinas, com cabos eleitores e bandeirolas, nas residências e nos para-brisas dos veículos. Podem ser considerados paraquedistas os candidatos a deputado estadual que não têm domicílio no segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, mas que montaram estruturas de campanha no município como o bicheiro Jamilso Name, o ex-prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina; o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa; o marido da prefeita de Fátima do Sul, Londres Machado; o ex-prefeito de Coxim, Júnior Mochi; o coronel PM aposentado David; o ex-diretor do Detran, Gerson Claro; o marido da prefeita de Campo Grande, Lídio Lopes; a ex-prefeita de Eldorado, Mara Caseiro; o ex-prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka; o ex-governador Zeca do PT e tantos outros que só voltarão ao município em 2026. Nunca é demais lembrar que a bancada de Dourados na Assembleia Legislativa, que hoje é formada pelos deputados Marçal Filho, Neno Razuk, Zé Teixeira, Renato Câmara e José Carlos Barbosinha seria muito maior se os eleitores douradenses, mesmo recebendo alguma vantagem dos candidatos de fora, optassem por votar em candidatos com residência no município.
Deputado Estadual
O eleitor douradense tem excelentes nomes na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa e nunca é demais lembrar que o deputado José Carlos Barbosinha está fora da disputa porque aceitou o convite para ser vice-governador na chapa de Eduardo Riedel, aliás, o candidato do PSDB é o único que escolheu um nome de Dourados como vice. Os atuais deputados estaduais Marçal Filho, Neno Razuk, Zé Teixeira e Renato Câmara estão em campanha por um novo mandato, mas caberá aos eleitores douradenses priorizar o voto em candidatos locais para que o município amplie a representatividade na Assembleia Legislativa e possa continuar assegurando importantes investimentos estaduais em Dourados.
Eleitorado Douradense
O cenário da invasão paraquedista se repete e fica ainda mais grave quando o assunto a disputa de deputado federal. Dourados tem 169.042 eleitores e nenhum deputado federal. Campo Grande tem 639.873 eleitores e toda bancada federal. Nas eleições de 2018 o município tinha 156.373 pessoas aptas para o voto, mas apenas 78,10% delas foram às urnas, com a abstenção ficando em 21,90% do total, ou seja, 34.245 eleitores não compareceram às urnas em 2018. Dos 122.128 douradenses que apareceram para votar, exatos 8.083 votaram em branco e outros 8.908 anularam o voto, o que fez com que o total de votos válidos ficasse em 105.140 eleitores.
Federais de Dourados
É inegável que a culpa por toda bancada federal de Mato Grosso do Sul ser de Campo Grande é exclusivamente dos eleitores de Dourados, já que 51 mil votos foram desperdiçados nas eleições de 2018 apenas com abstenção, nulos e brancos. Esse total somado aos 37.726 eleitores de Dourados que votaram em candidatos a deputado federal de Campo Grande daria para eleger, pelo menos, um representante do município em Brasília. Percebe que foram quase 90 mil votos desperdiçados e, com isso, o município que já teve 3 deputados federais em uma mesma legislatura passou os últimos 4 anos sem representatividade federal.
Federais da Capital
Por isso é importante que no próximo domingo, o eleitor de Dourados vote em candidatos locais para deputado estadual e, principalmente, para deputado federal. Ainda que um candidato paraquedista te contrate, faça seu trabalho, mas na hora do voto escolha quem você sabe onde mora. Você sabe onde moram Tereza Cristina, Luiz Ovando, Tio Trutis, Vander Loubet, Beto Pereira, Rose Modesto, Fabio Trad e Dagoberto Nogueira? A realidade poderia ser outra se ao invés dos candidatos de fora, o eleitor tivesse depositado o voto nos douradenses que se candidataram a deputado federal em 2018.
Votação Frustrante
Com 156.373 pessoas aptas para o voto em 2018, na hora de votar para deputado federal os eleitores de Dourados deram 37.726 para candidatos de Campo Grande e apenas 12.037 votos para Geraldo Resende; 8.742 votos para o então vereador Alan Guedes; 8.587 votos para o ex-deputado George Takimoto; 7.165 votos para o então vereador Cido Medeiros; 6.450 votos para a professora Gleice Jane; 6.022 votos para o vereador Marcelo Mourão; 2.669 votos para o arquiteto Fábio Luis; 1.782 votos para a professora Zélia Nolasco; 1.659 votos para o radialista Antônio Neres e 1.393 votos para o então vice-prefeito Marisvaldo Zeuli. Domingo está chegando e o douradense terá a oportunidade de resgatar a bancada federal de Dourados, votando nos candidatos douradenses. Xô paraquedista!
Candidatos Douradenses
Bons nomes de Dourados não faltam na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. Entre as opções de voto para domingo, que poderão resgatar a presença de Dourados na bancada federal, estão o vereador e presidente da Câmara, Laudir Munaretto, o ex-secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende; o médico e vice-prefeito Dr. Guto; o vereador Elias Ishy; o advogado Eudélio Mendonça; o vereador Maurício Lemes e o advogado Marcos Pollon. O que o douradense não pode fazer é repetir 2018 quando deu 3.683 votos para Luiz Ovando; 2.936 votos para Tio Trutis; 2.796 votos para Vander Loubet; 2.329 votos para Beto Pereira; 1.895 votos para Wilton Acosta; 1.297 votos para Odilon de Oliveira Júnior; 1.268 votos para um tal Zé da Viola e 1.120 votos para Elizeu Dionísio. Voto útil de verdade é voto em candidato de Dourados. Vai vendo!
Escoltando Puccinelli
O ex-governador André Puccinelli fez campanha em Dourados no último final de semana antes das eleições que vão definir o adversário dele para o segundo turno na disputa pelo governo do Estado. Ciceroneado pelo procurador-geral do Município, o advogado Paulo César Nunes da Silva, o candidato participou de reuniões organizadas pelo anfitrião e ainda saboreou o delicioso cardápio da cantina italiana O Quatrilho. Pelo jeito, independente de quem for o eleito para o governo do Estado, a Prefeitura de Dourados ficará bem na foto já que pessoas importantes no organograma do poder estão dando uma forcinha para as mais diferentes candidaturas.
Assembleia de Deusinho
Veja essa: líder de uma das principais correntes da Assembleia de Deus em Mato Grosso do Sul firmou compromisso político com candidato a deputado federal, colocando preço para dobrar na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa. O pastor, que está mais para mercador da fé, recebeu 70% do combinado com o candidato a federal e neste final de semana desembarcou em Dourados para vender o mesmo apoio para outro candidato. Resultado: voltou para casa com a mala cheia de dinheiro, avisou os fieis que o deputado federal dele agora seria outro e está se escondendo para não devolver o dinheiro que recebeu do infeliz que acreditou na Palavra do Senhor! A coluna está apurando a picaretagem do pastor e divulgará os nomes de todos os envolvidos na edição de amanhã. Vai vendo!
FONTE: MALAGUETA MS