Papa Francisco

A notícia da morte do Papa Francisco na madrugada deste 21 de abril, simbolicamente no tempo da Páscoa, foi recebida com grande tristeza pelo Ministério das Mulheres.

Durante sua passagem de 12 anos pelo cargo máximo da Igreja Católica, o argentino Jorge Mario Bergoglio foi um exemplo de humanidade, de acolhimento às pessoas menos favorecidas e excluídas na sociedade. Contrapondo o conservadorismo, foi também apoiador dos direitos das mulheres.

Promoveu avanços significativos ao nomear mulheres para cargos de destaque no Vaticano e defendeu a igualdade de gênero e a importância da participação das mulheres na vida da Igreja, apesar de o sacerdócio feminino continuar proibido.

Francisco transmitiu uma mensagem extremamente importante pela condenação integral à violência contra as mulheres, que definiu como “uma erva daninha venenosa que aflige a nossa sociedade e que deve ser eliminada pela raiz”.

O bispo de Roma pediu que fossem cortadas as raízes culturais e mentais que “crescem no solo do preconceito, da posse, da injustiça” e convocou por ação “imediata” sobre o problema. O apelo papal para “não ficar indiferente”, para “agir imediatamente, em todos os níveis, com determinação, urgência e coragem” para dar voz às “nossas irmãs sem voz” ecoará muito tempo. “A maneira como tratamos uma mulher revela nosso grau de humanidade”, disse o Pontífice.

Também afirmou Francisco que a violência contra a mulher é uma afronta a Deus. “Quanta violência existe contra as mulheres. Já chega! Machucar uma mulher é ultrajar a Deus, que tomou sua forma humana de uma mulher”.

Papa Francisco deixa marcas de tolerância e diálogo. Ele se vai, mas suas mensagens ficarão gravadas para sempre.

Fonte: Ministério das Mulheres