Essa ação é o resultado de uma investigação meticulosa que começou com a apreensão de celulares na fase inicial da operação em março de 2024.
Na manhã de quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) intensificou a luta contra o tráfico de drogas com a segunda fase da operação ‘Snow’. Nove mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão foram executados em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga (SP), visando desmantelar uma organização criminosa reconhecida como uma das mais complexas e violentas em Mato Grosso do Sul.
Essa ação é o resultado de uma investigação meticulosa que começou com a apreensão de celulares na fase inicial da operação em março de 2024. A análise dos dispositivos revelou a participação de pelo menos 17 novos indivíduos na organização, incluindo advogados e um policial civil. O grupo operava com o suporte de servidores públicos corruptos, o que foi identificado como um dos pilares de suas atividades ilegais.
O líder da organização utilizava advogados não apenas para proteger suas operações, mas também para obter informações privilegiadas, facilitando a corrupção de agentes públicos. Essa colaboração foi crucial para a manutenção da estrutura criminosa, com advogados atuando como conselheiros em situações delicadas.
A violência é um traço marcante da atuação da organização, que recorre a métodos brutais, como sequestros e execuções, para resolver disputas internas e externas. Muitas mortes ocorreram entre os próprios membros, evidenciando um controle severo e uma cultura de crueldade dentro do grupo.
O tráfico de cocaína era operacionalizado de forma sofisticada, utilizando empresas de transporte e até mesmo serviços terceirizados dos Correios para movimentar as cargas. Mais de duas toneladas de cocaína foram apreendidas em ações policiais relacionadas à operação, demonstrando a adaptabilidade do tráfico às estratégias de fiscalização.
Para garantir a segurança das operações, o Gaeco contou com o apoio do Batalhão de Choque e do BOPE, além da supervisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Corregedoria da Polícia Civil. Essa colaboração reflete a complexidade do combate ao tráfico de drogas e a importância de um esforço conjunto entre as forças de segurança.
A operação ‘Snow’ evidencia como o crime organizado no Brasil se sofisticou, envolvendo profissionais de diversas áreas e servidores públicos, além de destacar a crescente preocupação com a corrupção nas instituições públicas. O Gaeco, em parceria com outras forças, continua sua missão de desarticular essa ameaça à segurança pública e à ordem social, com a expectativa de novas apreensões e prisões à medida que as investigações avançam.