O tribunal de Cristo – por Eloir Vieira

17/12/2014 06h20

“Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.27).

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Embora a vida eterna seja um dom gratuito, concedido com base na graça de Deus sem precisarmos pagar ou se sacrificar (Ef 2.8,9), cada um de nós ainda será julgado por Cristo. Ele nos recompensará de acordo com o modo como vivemos: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2ªCO 5.10).

O dom gratuito de Deus, a salvação, não nos livra do requisito da obediência fiel. No Dia do Juízo, todos os cristãos prestarão contas a Deus: Palavras e ações determinarão o que receberemos de Cristo. O apóstolo Paulo nos alerta: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.7-10).

Quando entregamos a nossa vida a Deus, não mandamos mais nela; não fazemos mais a nossa vontade, mas a d’Ele. Deus é amor e é justiça, então, cada cristão tem a obrigação de praticar o amor e a justiça. Quem ama, perdoa e não se vinga, não faz e não fala nada de mal a ninguém. Quem é justo, não comete injustiças: “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12.36,37).

Nós temos o costume de ver os erros dos outros, mas ignoramos os nossos. Se você costuma acusar, julgar, condenar seu próximo, precisa urgentemente arrepender-se; concertar-se com Deus e com o seu semelhante, perdoando e pedindo perdão. Porque no Dia do Juízo, colheremos o que semeamos hoje: “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Por que está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus” (Rm 14.10,11).

Sabendo que um dia, quando deixarmos esta vida, vamos nos apresentar diante de Deus e enfrentar um julgamento, o que vamos alegar em nossa defesa? Os justos receberão galardão; os injustos a condenação eterna: “E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.23). Se não tivermos comunhão com o santo Advogado Jesus Cristo, como Ele nos defenderá? O pastor não poderá nos justificar; nossa família não poderá nos ajudar; porque naquele Dia, o que vai contar será o relacionamento individual que cada um teve com Cristo: “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).

Reflita, é a sua salvação que está em jogo. Tudo depende do que você é, fala e faz!

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