O perigo dentro da escola, por Wilson Aquino

Wilson Aquino*

Embora o conceito de que a escola é a segunda casa do aluno é verdadeiro e justo, pois é onde ele é educado e formado  durante um longo período de sua vida, para poder um dia enfrentar o competitivo mercado de trabalho, carregando na memória e no coração a passagem de grandes e especiais professores e professoras, lamentavelmente alguns profissionais da educação tem abusado dessa relação em sala de aula e procurado executar  um insistente plano de doutrinação de crianças, jovens e adolescentes às suas ideias e ideais de esquerda.

Nos últimos anos tem aumentado no Brasil o número de denúncias de pais e alunos a esse respeito. Existem inclusive vídeos gravados pelos próprios alunos, em salas de aula, registrando os mais absurdos procedimentos desses profissionais que não têm nenhuma base legal para fazer isso. Apesar de ser uma minoria absoluta que insiste, de vez em quando, ao longo do período escolar, doutrinar sim estudantes, o assunto merece a atenção não só das autoridades, mas especialmente dos pais.

A introdução do celular em sala de aula facilitou o registro desses episódios, mostrando o radicalismo daqueles que deveriam se limitar a ensinar a sua disciplina para a qual foi contratado.

Mesmo sendo poucos episódios registrados e partindo de uma expectativa de que não são muitos profissionais da educação determinados a promover a doutrinação de seus alunos para que sejam, no futuro, seus aliados num viés político/social, os pais devem ter uma atenção redobrada com seus filhos matriculados em escolas públicas ou privadas. São suas obrigações acompanhar os conteúdos fornecidos aos seus filhos e observar com mais atenção os livros didáticos e outros impressos, recomendados por professores e até pela própria escola.

Rodoval Ramalho, doutor em ciências sociais e professor da UFSE, é um guerreiro na luta contra a doutrinação em sala de aula. Ele diz que felizmente muitos alunos não só resistem a essas influências negativas, como procuram contestá-las e registrá-las, para expor via internet, a situação vexatória de muitos profissionais em sala de aula.

O doutor em ciências avalia também que esse mal é gerado na universidade. Segundo ele, é lá que tudo começa. “Existe ali uma profunda doutrinação dos acadêmicos” para que eles, quando forem para as escolas, comecem a fazer exatamente aquela perspectiva ensinada nas universidades, voltada para a esquerda.

Ele lamenta que esse sistema esteja enraizado profundamente na sociedade. Reconhece que mudar isso não é fácil, mas é necessário. Uma das formas é exatamente esta, de trazer o assunto à tona para a reflexão da sociedade.

O renomado professor Olavo de Carvalho vai mais além. Diz que a fase da doutrinação nas escolas acabou há muito tempo e que eles (profissionais da educação) estão usando agora é a “manipulação do comportamento do estudante”. Diz que é um plano que transcende partidos políticos de esquerda e que é algo muito maior e mais poderoso, envolvendo grandes grupos financeiros em todo o mundo. São esses grupos que estão por trás desse interesse de domínio do indivíduo, buscando o enfraquecimento da sociedade para os fins mais absurdos.

O problema se agrava quando vemos outras denúncias (mesmo em número muito pequeno, insisto), de desrespeito à família e à igreja, também dentro de sala de aula.

Diante de toda essa triste realidade, podemos ver como Deus é mesmo incrível, pois por intermédio das Escrituras Sagradas, Ele já alertava as famílias para a necessidade da boa educação e formação dos filhos. Não é à toa que diz: “Instrui a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Prov. 22:6).

Muitos pais, obedientes aos ensinamentos e mandamentos do Senhor, fazem isso, criam seus filhos para que se tornem bons Cristãos, honrados, honestos, trabalhadores e virtuosos. Isso tem efeito imediato na formação da criança, dos jovens e dos adolescentes, pois quando se deparam com qualquer ensinamento que não são compatíveis com os que receberam em casa, desde pequeninos, conseguem contestar e recusar com firmeza.

Não é à toa que alguns casos de conflitos em sala de aula vieram à tona, pois esses pequenos futuros cidadãos, com uma educação muito bem alicerçada no lar, souberam debater e contestar falsos conceitos e doutrinas que lhes foram aposentados como verdadeiras.

A educação dos filhos é uma dura tarefa que Deus confiou aos pais e somente a eles. E isso não é fácil. Ainda mais nesses últimos tempos excessivamente maus, onde influências malígnas como essas, até mesmo em salas de aula, ocorrem sem nenhum respeito ao indivíduo e à família. Certamente é por isso que o Senhor sempre nos alertou: “Orai e vigiai”.

*Jornalista e Professor