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Total passa dos 15,7 mil segundo dados do sistema de monitoramento de queimadas do Inpe.
O número de focos de incêndio no Pantanal passa dos 15,7 mil segundo dados do sistema de monitoramento de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O total é o maior de todos os tempos e segundo série histórica, registrada desde 1998, supera em 56% o pior ano até agora, 2005, quando foram 10 mil focos no mesmo período.
Em relação ao ano passado, a quantidade de incêndios é 208% maior, já que até 16 de setembro de 2019, o bioma havia sido vítima de 5.109 focos. Segundo o Inpe, as queimadas no Pantanal representam 11,6% do total registrado este mês em todo Brasil, sendo a pior situação na Amazônia, onde há 67.290 focos.
Vale ressaltar que os 15,7 mil focos se referem à toda extensão do Pantanal entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Somente no trecho sul-matogrossense, são pelo menos 5 mil focos, conforme registros localizados em Corumbá, onde está maior extensão do bioma em MS. Em todo Estado são 7.833 focos.
De acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais), há poucas horas os incêndios atingiram a Terra Indígena Taunay/Ipegue, onde mais de 4 mil terenas vivem em uma área de 34 mil hectares. Localizada no município de Aquidauana, o local também é o mais assolado pela covid-19, em Marto Grosso do Sul.
O Pantanal já teve 2,9 milhões de hectares consumidos pelo fogo desde o início de 2020. Do total de área queimada, entre 1º de janeiro e 13 de setembro, 1,742 milhões de hectares estão em Mato Grosso, enquanto Mato Grosso do Sul teve 1,165 milhões.