Durante cerimônia realizada em Campinas (SP) na Escola Preparatória de Cadetes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em pronunciamento oficial que novas mudanças em cargos públicos estão por vir . Na última sexta-feira (19), Bolsonaro indicou o general Silva e Luna para o comando da Petrobras.
“Eu tenho que governar. Trocar as peças que, porventura, não estejam dando certo. E se a imprensa está preocupada com a troca de ontem [na Petrobras], na semana que vem teremos mais. O que não falta para mim é coragem para decidir, pensando no bem maior da nossa nação”, disse Bolsonaro.
O general Silva e Luna substituirá Roberto Castello Branco, que ocupa a presidência da estatal desde 2018. A troca já era esperada devido, entre outros motivos, à política de preço dos combustíveis.
Joaquim Silva e Luna é o atual diretor da hidroelétrica Itaipu Binacional. Ele ocupou o cargo em 2018 logo após a posse do presidente Bolsonaro . “O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco”, diz a publicação do governo.
Reação do mercado
O mercado recebeu com temor a notícia de que Bolsonaro faria alterações na Petrobras. Na sexta-feira, logo na abertura do pregão, as duas ações da Petrobras negociadas no Índice Bovespa – PETR3 e PETR4 – registraram queda acentuada na Bolsa de Valores de São Paulo. A preferencial PETR4 fechou o dia com queda de 6,6%, enquanto a ordinária PETR3 encerrou a sexta-feira com baixa de quase 8%.