Mulher fica em cárcere por mais de 30 dias por namorado e é resgatada em Ponta Porã

Uma mulher de 38 anos foi resgatada por familiares na noite de sexta-feira (2), em Ponta Porã, quando era mantida em cárcere pelo namorado de 45 anos. O filho de 9 anos, da mulher, também foi mantido em cárcere pelo homem.

A vítima explicou na delegacia, que conheceu o homem no início de dezembro do ano passado e no dia 23 foi convidada por ele para ir até a sua casa, dormindo no local. Já no dia 24, ela buscou o filho para que os dois passassem a véspera de Natal na residência com o autor.

Depois disso, no dia 26 de dezembro, ela disse ao homem que precisava ir embora para trabalhar e foi proibida de deixar a residência do homem. Ele teria dito que a mulher queria sair da casa para ir atrás de ‘alguém’. 

Ainda segundo a mulher, ela  tinha que mostrar o celular para que o autor visse o tempo que usou o aparelho, com quem tinha falado. E com  isso, ela tinha de mostrar todas as conversas e ligações, sendo que o homem se  apoderou do celular da mulher, que era proibida de manter contato com familiares sem a sua presença.

A vítima não tinha as chaves do portão e nem controle e por diversas vezes pediu um controle para o homem que negava sempre. Ela não podia ver a sua outra filha, saindo da casa do autor só acompanhada dele. 

A mulher ainda contou que não era autorizada olhar para o lado, pois o homem ficava agressivo e alterava o tom de voz dizendo “o que você está procurando, porque está olhando pra outro carro, tá procurando alguém”.

Já na sexta, os familiares da mulher foram até a casa pedindo para que ela saísse, mas a mulher estava trancada. O autor chegou logo depois na residência quando começou uma discussão, já que ele não queria deixar a vítima sair.

Nisto, a filha da vítima entrou na casa, tendo o autor dito, “se ela passar do portão, se sair não vai voltar mais”, e foi nesse momento que a mulher disse que queria sair da casa, tendo o autor se alterado. A mulher conseguiu deixar a casa procurando a delegacia e pedindo por medidas protetivas contra o homem.