MS tem cinco entre as cidades com menor umidade registrada

Gerson Oliveira / Correio do Estado

Amambaí foi a menor umidade do país ontem, com 13%, seguida por Ponta Porã (15%), Porto Murtinho (16%) e Itaquiraí (18%), que fecham o ‘Top 10’ nacional. 

Mato Grosso do Sul tem cinco municípios entre aquelas com menor umidade registrada nesta segunda-feira (6), segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na listagem disponibilizada no portal do órgão, Amambaí foi a menor umidade do país ontem, com 13%, seguida por Ponta Porã (15%), Porto Murtinho (16%) e Itaquiraí (18%), que fecham o ‘Top 10’ nacional. Ademais, Ivinhema, Jardim, Sete Quedas e Bataguassu aparecem entre 11º e 20º.

Ainda de acordo com o Inmet, há o alerta de “perigo potencial” para baixa umidade para algumas regiões do país, variando entre 30 e 20%. 55 municípios sul-mato-grossenses estão presentes no aviso do órgão, incluindo cidades como Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

E para piorar a situação, algumas cidades de MS também estão entre as 10 com maior temperatura registrada ontem, como Porto Murtinho (38,6ºC) e Água Clara (38,5°C). Três Lagoas, Miranda, Amambaí, Aquidauana, Bataguassu e Corumbá também “dão as caras”, todas com temperaturas acima dos 35ºC.

Estados e Cuidados

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), existem três níveis críticos na baixa umidade do ar e cada um deles apresenta cuidados específicos a serem tomados. São eles:

Estado de Atenção (21 a 30%): 

  • Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas;
  • Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins, etc.;
  • Permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas, etc.;
  • Se hidratar bem.

Estado de Alerta (12 a 20%)

  • Observar as recomendações do estado de atenção;
  • Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas;
  • Evitar aglomerações em ambientes fechados;
  • Usar soro fisiológico para olhos e narinas.

Estado de Emergência (abaixo de 12%)

  • Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
  • Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc.;
  • Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas, etc., entre 10 e 16 horas;
  • Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais, etc.

Há também riscos para a saúde quando a umidade apresentada está acima dos 70%, como criar uma sensação de ar úmido e abafado, o que pode ser desconfortável e também pode propiciar o crescimento de mofo e bolor em ambientes fechados.

Prognóstico do verão (Jan-Fev-Mar)

O verão em Mato Grosso do Sul será de calor intenso, forte ‘mormaço’ e chuvas de rápida duração, as famosas “chuvas de verão”.

A informação foi divulgada pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), em publicação de prognóstico da estação climática no estado. O verão começou oficialmente em 21 de dezembro e vai até 20 de março.

Ainda segundo o Cemtec, o forte calor deve superar as médias históricas para o período. Este cenário favorece a formação de ondas de calor, nos momentos em que não houver ocorrência de nuvens e chuvas.

As chuvas, contudo, deverão ter rápida duração e ocorrer de maneira irregular. Essa irregularidade pode agravar a recuperação das condições hídricas da região, o que acende um alerta para o setor agropecuário. 

Conforme o Cemtec, mesmo que as chuvas se mantenham dentro da média histórica no próximos meses, isso não será suficiente para reverter o cenário de seca que afeta a região central do país, incluindo o estado de Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, para os pesquisadores, o cenário é de incerteza.

Essa tendência incerta está diretamente relacionada ao fenômeno La Niña. O evento climático provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que impacta na ocorrência irregular das chuvas e na imprevisibilidade do clima no estado.

Fonte: Correiodoestado