Mercado de Algodão em Março: Negócios Moderados e Indústria Local Operando de Forma Restrita

Em março, o mercado brasileiro de algodão se distanciou dos referenciais internacionais, apresentando um cenário de negócios moderados e preços em queda. A atuação das tradings foi pontual, com interesse específico para a safra de 2026. Já a indústria local manteve-se em operação restrita, com compras limitadas a contratos para entrega em até 30 dias. A atividade no mercado, de maneira geral, foi abaixo das expectativas, segundo a Safras Consultoria.

Desvalorização no Mercado Doméstico e Tendências Regionais

Os preços do algodão no mercado interno apresentaram uma leve queda ao longo do mês. Em 27 de março, a pluma no CIF de São Paulo estava cotada a R$ 4,18 por libra-peso, o que representou uma redução de 0,48% em relação ao dia 20 do mesmo mês, quando o preço era de R$ 4,21. Na comparação com o mesmo período do mês anterior, a queda foi de 0,24%, já que o preço estava em R$ 4,19 por libra-peso.

No Mato Grosso, especificamente em Rondonópolis, a pluma registrou um pequeno aumento de 0,81%, sendo negociada a R$ 3,99 por libra-peso, o equivalente a R$ 132,05 por arroba. No entanto, em comparação com a semana anterior (20/03), houve uma desvalorização de 0,49%, quando a pluma estava cotada a R$ 4,01 por libra-peso (R$ 132,72 por arroba). Em relação ao mês passado, a queda foi de 0,15%, já que a pluma estava a R$ 4,00 por libra-peso (R$ 132,15 por arroba).

Valorização dos Coprodutos em Mato Grosso

O mercado de coprodutos também apresentou tendências de alta, com destaque para o preço do caroço de algodão, que registrou um aumento de 0,54% na última semana, sendo cotado a R$ 1.288,29 por tonelada. Este foi o maior valor semanal desde janeiro de 2023. Da mesma forma, a torta de algodão teve um aumento de 0,58%, com preço médio de R$ 1.161,41 por tonelada.

Essas altas nos preços refletem a limitação da oferta dos coprodutos, uma vez que a comercialização da safra 2023/2024 já alcançou 92,73% da produção até fevereiro de 2025. Com a demanda ainda alta, os compradores que buscam adquirir os produtos disponíveis enfrentam preços mais elevados, uma vez que os vendedores, com estoques limitados, ajustam os valores.

Esse cenário deve se manter até o início da colheita da safra 2024/2025, quando a maior oferta de coprodutos deverá pressionar as cotações para baixo. As informações são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio