Mais de 25 mil indígenas em Dourados não tem garantia de água potável

Além da falta de água, indígenas de MS sinalizam problema da violência, principalmente contra as mulheres - Reprodução/ Divulgação

Projeto de Mato Grosso do Sul, orçado em torno de R$ 34 milhões, promete solução definitiva para maior reserva urbana do País.

Para sanar de uma vez por todas o problema da falta de água potável para povos Guarani, Kaiowá e Terena, da chamada Reserva Indígena de Dourados – sendo essa a maior do País -, o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou projeto que prevê abastecimento nas aldeias Jaguapiru e Bororó.

Estima-se que nessa reserva indígena sul-mato-grossense vivam mais de 25 mil indígenas, sendo que algumas medidas paliativas vinham sendo tomadas para assistência, conforme o Governo de MS. 

“A Sanesul realizou nesses meses, já atendendo 150 famílias que não recebiam água e eram abastecidas por caminhão pipa. Sabemos que o investimento não será pequeno, na casa dos R$ 34 milhões, mas é a maior reserva urbana do País, e tem o compromisso do governador Eduardo Riedel, em trabalhar para que as comunidades indígenas, não apenas de Dourados, mas todas as do Estado, tenham saneamento”, disse o vice-governador José Carlos Barbosa. 

Vale ressaltar que, o grupo que se debruça sobre esse projeto, para reduzir os níveis de instabilidade social de povos indígenas, é formado por: 

Integrantes da Secretaria estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), e sua vinculada Subsecretaria de Políticas Públicas para os Povos Originários; 

– Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai); 

– Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI),

– Ministério Público Federal (MPF), 

– Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e 

– Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul)

Assistência aos povos

Ainda nesta semana, equipes do Ministério das Mulheres vieram à Mato Grosso do Sul, com a intenção de ouvir indígenas de Amambai, Dourados e Campo Grande, com essa visita sendo solicitada durante o Acampamento Terra Vermelha, que aconteceu em abril deste ano, em Brasília (DF). 

Com o trabalho feito, a Coordenadora de Prevenção à Violência Contra Mulher, Pagu Rodrigues, afirmou a necessidade urgente de ações efetivas para resguardar o direito das mulheres dos povos originários residentes em Mato Grosso do Sul. 

Na maioria, as solicitações feitas pelos povos originários – tanto em Amambai, Dourados e Capital – vão no mesmo sentido, de criar políticas públicas que assegurem o direito das mulheres e reforcem o combate à violência de gênero. 

*(Colaborou Ana Clara Santos) Correio do Estado