O retrato mais famoso do mundo foi produzido em Florença (Itália)
22/09/2018 09h40 – correiodoestado
Neste ano de 2018 o universo extraordinário das artes plásticas, especialmente a pintura, seus admiradores e amantes, comemoraram os 515 anos de existência do mais famoso de todos os retratos confeccionados por Leonardo da Vinci: MONA LISA, no ano de 1503, na cidade de Florença (Itália).
A beleza do quadro é tão impressionante que críticos e especialistas da área escreveram: “há na face de Mona Lisa um pouco de enigma da alma de Leonardo da Vinci”. A verdade é que fixando bem os olhos na pintura tem-se a impressão que a expressão da moça parece mudar no momento que façamos qualquer movimento para frente ou para trás.
Isto é um suave mistério a desvendar. Suas mãos são lindas, seu sorriso silencioso emerge da sombra, tudo nela há encanto nesta paisagem quase oriental. Obra inigualável da pintura universal – asseveram alguns ─ invenção de um gênio.
A vida de Leonardo da Vinci deu assunto para centenas de biógrafos e romancistas. A mais famosa das biografias romanceadas desse ilustre italiano é a “Ressurreição dos Deuses” de Dmitri S. Merejkovsky, escritor russo, discípulo de Dostoiewsky e que num dos trechos de sua obra disse: “Quem pode aprofundar a visão da alma, as desconhecidas fontes dos secretos pensamentos e anelos? Quem pode pintar na parede ou na tela todo o segredo da vida? Somente Leonardo da Vinci…”
O nosso herói nasceu em Vinci, pertinho de Florença, na região central da Itália, em 1452. Adolescente em Florença, como aprendiz do escultor Verrochio, o jovem Leonardo imediatamente ofuscou seu mestre. Entretanto nunca usou de arrogância, mostrou-se sempre paciente em busca do saber e das verdades advindas de Deus. Anos mais tarde revela um talento assombrosamente versátil, sendo igualmente notável na pintura, na arquitetura, na música, na ciência e na engenharia militar.
Aos 30 anos (1482), seguiu para Milão como pintor da corte e organizador de espetáculos teatrais. Desenhou a planta da Catedral de Milão, escreveu seu “Tratado da Pintura”, pintou a Madona dos Rochedos e a imortal Última Ceia, pintada na parede do refeitório do Convento de Santa Maria das Graças. O quadro, segundo especialistas, é a mais profunda realização artística do mundo. Cristo, no centro, rodeado de 4 grupos de três pessoas, sentencia: “Um de vós me há de trair!”.
A emoção de cada grupo é evidente. João, a quem ele mais ama, pende a cabeça em resignada tristeza. Pedro, de cabelos brancos, toca-lhe brandamente no ombro. Sinistro e sombrio, Judas, em frente de Pedro, agarra a bolsa de dinheiro. O sossegado semblante de Cristo parece acalmar os excitados apóstolos. O quadro foi terminado em 1499.
Leonardo esteve em Florença e Veneza de 1501 a 1506 pintando os quadros: A Batalha de Anguiari, Santa Ana, São João Batista, Cabeça de Menina e a célebre Mona Lisa. Em 1512 viajou para Roma e por lá permaneceu até o ano de 1516. No ano seguinte rumou para a França onde passou os últimos anos de sua vida. É considerado por todos como uma das maiores celebrações que a humanidade já produziu.
Ao aproximar-se da morte, não teve receio em dizer: “Assim como um dia bem empregado traz um repouso feliz, também uma vida bem empregada traz uma morte feliz.”
Ao falecer em 1519, na França, Melzi, um de seus mais leais discípulos, clamou chorando: “O mundo não pode criar outro homem igual a Leonardo da Vinci. “
Palmas para os 515 anos de glória de Mona Lisa!