Inteligência Artificial Transforma o Controle de Pragas e Doenças nas Lavouras com Imagens de Alta Resolução

A combinação de inteligência artificial e imagens de alta resolução tem se mostrado uma ferramenta poderosa para o controle eficiente de plantas daninhas, doenças e deficiências nutricionais nas lavouras. A Taranis do Brasil, empresa de origem israelense, tem se destacado como líder nesse setor, oferecendo soluções de monitoramento avançado que têm garantido maior rentabilidade e produtividade aos produtores. Nos últimos três anos, a empresa registrou um crescimento superior a 300% no país, principalmente após sua decisão de apostar na cultura da cana-de-açúcar, respaldada por análises do setor acadêmico.

Inovações tecnológicas e expansão no Brasil

Desde sua chegada ao Brasil em 2017, a Taranis tem investido continuamente em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para o setor agrícola. Inicialmente utilizando drones, a empresa evoluiu seu sistema para integrar câmeras de alta qualidade em aeronaves, o que aumentou significativamente a resolução e a eficiência na captura de imagens. De acordo com João Precivalli, especialista em hardware da empresa, a transição para aeronaves, como o Cessna 172, permitiu maior flexibilidade e autonomia, otimizando o tempo e a qualidade das imagens capturadas.

Atualmente, a frota da Taranis é capaz de monitorar até 2 mil hectares por dia, oferecendo uma precisão impressionante na identificação de até 74 espécies de ervas daninhas, além de detectar doenças e deficiências nutricionais. A empresa utiliza um sistema de processamento de imagens que opera dentro da própria aeronave, entregando resultados em até 72 horas, enquanto os drones limitam seu mapeamento a 350 hectares.

Metodologia exclusiva e atendimento diferenciado

O grande diferencial da Taranis é sua metodologia única de monitoramento, que permite um atendimento completo ao produtor. A empresa realiza todo o processo, desde a coleta das imagens até a entrega dos diagnósticos detalhados, com o auxílio de inteligência artificial. Fábio Franco, gerente-geral da Taranis, destaca que o produtor precisa apenas informar a área a ser monitorada, e a empresa cuida de toda a parte operacional, garantindo precisão nos resultados e um prazo rápido para a entrega das informações.

A Taranis também se destaca pelo seu modelo de diagnóstico, que permite ao produtor visualizar com exatidão quais áreas de sua lavoura estão impactadas por ervas daninhas, doenças ou deficiências nutricionais, e ainda indica a porcentagem de infestação e as ações corretivas necessárias. Isso tem permitido aos produtores tomar decisões mais assertivas e melhorar o planejamento da cultura, incluindo a escolha de herbicidas e a dosagem correta para o controle de plantas daninhas.

Desafios e avanços futuros

Apesar de seu sucesso, a Taranis continua a enfrentar desafios no aprimoramento de sua tecnologia, como o desenvolvimento de novos algoritmos para identificação de doenças foliares e deficiências nutricionais específicas, como as de fósforo e potássio. A empresa também está estudando a criação de um modelo que permita estimar as perdas de colheita com base em imagens por hectare, atendendo a uma demanda específica de seus clientes.

A Taranis já possui o maior banco de imagens do mercado, com mais de 200 milhões de pontos de dados coletados e otimizados constantemente por sua equipe de especialistas. Essa base de dados e o uso contínuo de inteligência artificial e machine learning têm permitido à empresa melhorar constantemente a precisão de suas análises e expandir seus serviços para novos mercados, como Argentina, Uruguai, Peru, Bolívia e Colômbia.

A importância da precisão para o planejamento agrícola

Flávio Castro, vendedor da Taranis, enfatiza que a chave para o sucesso da empresa está em traduzir a tecnologia de maneira concreta para os produtores. “A Taranis oferece informações robustas que são fundamentais para o planejamento agrícola, permitindo que o produtor tenha um controle eficaz sobre as ameaças em sua lavoura e tome decisões estratégicas para melhorar a produtividade”, conclui Castro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio