O assassinato de mãe e filha em Ponta Porã -MS faz uma semana hoje (12). Naila Vitória Rodrigues, 20, e Erika Rodrigues Salomão, 39, foram executadas a tiros por Antônio César Cavalheiro Soares, ex-marido de Naila. Ele continua foragido.
A Polícia Civil informou que a autoria do duplo feminicídio e a materialidade do crime estão definidas. Antônio já teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e é considerado foragido.
Fontes ouvidas pelo Campo Grande News informaram que o criminoso teria se refugiado na região de Cerro Corá, a 38 quilômetros da linha internacional.
Policiais sul-mato-grossenses comunicaram a Polícia Nacional do Paraguai sobre a possibilidade de o criminoso estar escondido naquele país, mas até agora Antônio não foi localizado.
O crime – Naila Vitória Rodrigues foi executada a tiros de pistola 9 milímetros quando chegava ao Hospital Regional de Ponta Porã, onde trabalhava. Alvejada ainda sobre a moto, ela caiu e morreu na calçada.
Sem se preocupar em esconder o rosto, Antônio chegou ao local em um carro da Toyota e cometeu o crime na frente das pessoas que passavam pela rua. Dali, ele foi até a Vila Maria Auxiliadora, a mil metros de distância, e matou a ex-sogra enquanto ela trabalhava no setor de frutas e verduras da loja 2 do Supermercado Sol.
Antônio usou outra arma para executar Erika, já que não foram encontradas cápsulas deflagradas, ao contrário do ocorrido no local da morte de Naila.
A polícia apreendeu imagens de câmeras do mercado mostrando a execução. O carro usado nos crimes também foi apreendido depois de ser encontrado abandonado na casa de outra ex de Antônio. Ele teria fugido de moto.
Naila e a mãe foram mortas 35 dias após a jovem deixar Antônio. O casal morava em Pedro Juan Caballero, cidade separada de Ponta Porã apenas por uma rua. Depois de ser chutada, ameaçada e levar cusparada no rosto do ex-companheiro, ela o deixou e foi morar com a mãe no lado brasileiro da fronteira.
No dia em que a mulher saiu de casa, Antônio prometeu que iria matá-la se ela o deixasse e se o denunciasse à polícia. Naila procurou a Polícia Militar em Ponta Porã para denunciar as agressões do dia 1º de abril, mas não seguiu a orientação dos PMs de comunicar o caso também à Polícia Civil e à Polícia Nacional, pois a violência doméstica havia ocorrido em território paraguaio.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS