Grupo de cerca de 40 pessoas protestam em frente ao Carrefour de Campo Grande (MS)

Com cartazes de "Vidas Negras Importam", grupo de cerca de 40 pessoas protestou em frente ao Carrefour de Campo Grande (MS) — Foto: Edmar Melo/Divulgação

Com cartazes de “Vidas Negras Importam”, manifestantes pediam justiça após a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, espancado nesta quinta-feira (19) em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.

Um grupo de cerca de 40 pessoas protestou em frente ao Carrefour de Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (20). Com cartazes de “Vidas Negras Importam”, os manifestantes pediam justiça após a morte de 

Durante o protesto, manifestantes também carregaram cartazes pedindo o fim da violência policial e apontando para o racismo latente na violência no Brasil. Um dos integrantes do grupo, de cerca de 60 anos, tomou a palavra e discursou por alguns minutos sobre o racismo estrutural enfrentado por ele e muitos negros no país.

Alguns integrantes do grupo desrespeitaram as normas de distanciamento social, e a maioria utilizava máscaras durante o ato. Até o momento da publicação desta reportagem, a manifestação permanecia de forma pacífica.

Grupo de cerca de 40 pessoas protestam em frente ao Carrefour de Campo Grande (MS)
Homem negro é espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre — Foto: Reprodução/Vídeo

Entenda o caso

A Brigada Militar informou que o espancamento de João Alberto começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do supermercado, que fica na Zona Norte da capital gaúcha. A vítima teria ameaçado bater na funcionária, que chamou a segurança.

O Carrefour informou, em nota, que lamenta profundamente o caso, que iniciou rigorosa apuração interna e tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.

A rede, que atribuiu a agressão a seguranças, também chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com a empresa que responde pelos funcionários agressores.

Também em nota, a Brigada Militar informou que o PM envolvido na agressão é “temporário” e estava fora do horário de trabalho.

Segundo o comunicado, as atribuições dele na corporação são limitadas à “execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento” e “guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos”. A Brigada não informou o que ele fazia no mercado.

Fonte: G1 MS