O pai e o adolescente foram os únicos sobreviventes da Saveiro. Oldiney recebeu alta logo após o acidente e pôde participar do velório da família
O adolescente de 12 anos que sobreviveu, junto com o pai Oldiney Centurion Saraiva, de 42 anos, a acidente no dia 6 deste mês, com quatro mortes, da mãe e dos irmãos, no Km 383 da BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande, continua internado na Santa Casa, vai passar pela 5ª cirurgia e está se recuperando.
O motorista, David Lopes Queiroz, de 29 anos, que causou o acidente, dirigia sob efeito de álcool e continua preso. Ele seguia em Chevrolet Corsa quando, ao tentar fazer curva à direita, invadiu a contramão, atingindo a VW Saveiro, conduzida por Oldiney, que tinha como passageiros a família. A esposa de Oldiney, Drielle Leite Lopes, e os filhos de quatro meses, 2 anos e 10 anos de idade, morreram no local.
O pai e o adolescente foram os únicos sobreviventes da Saveiro. Oldiney recebeu alta logo após o acidente e pôde participar do velório da família. Já o garoto continua internado desde então. Ele já passou por cirurgia nas pernas, no fêmur, braço esquerdo e maxilar. Com sutura nas pernas e na boca, o menino deve passar por mais um procedimento nesta sexta-feira (18) para reforçar as hastes da perna esquerda.
Segundo a funcionária pública Leide Centurion, de 46 anos, tia do adolescente, disse que, depois da cirurgia de hoje, a equipe médica irá avaliar e planejar a alta médica para os próximos dias. “Acredito que, se tudo correr bem, semana que vem ele recebe alta. Está acamado com as duas pernas quebradas, mas será melhor cuidar dele em casa.”
Segundo Leide, o irmão, Oldiney, que dirigia a Saveiro, desmaiou na hora e não viu o acidente. “Ele não se recorda. Estava muito desorientado no hospital. Já o meu sobrinho ficou o tempo todo consciente e orientado. Ele viu tudo, se recorda dos detalhes”, relatou.
A tia ainda fala sobre o acidente com muita tristeza. “É inacreditável, a família era muito feliz, muito alegre, difícil acreditar que parte não está mais aqui neste plano”, lamentou. Ela contou que um dos braços que o sobrinho machucou foi no momento em que abraçou a irmã, que faleceu, para protegê-la. “Ele sempre foi muito protetor dela”, destacou.
Leide aproveita para elogiar a equipe médica que cuida do sobrinho desde o dia que deu entrada na Santa Casa. “Todos os profissionais do hospital têm tratado ele e a família com muita humanidade, respeito e carinho. Eles têm prestado atendimento que nunca imaginei”, disse.

Fonte: Campograndenews