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segunda-feira, 16 de setembro, 2024
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Gabriela fica em 6ª na final dos 100 metros em Paris 2024

Ela disputou a final na classe T13 e fez o tempo de 12s67; brasileira Rayane Soares da Silva foi prata

Muito emocionada e feliz, a atleta sul-mato-grossense Gabriela Mendonça, 26 anos, correu a final dos 100 metros da classe T13 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Ela ficou em 6º lugar com o tempo de 12s67. A medalha de ouro ficou com a atleta do Azerbaijão, Valiyeva Lamiya, que bateu o recorde mundial com 11s76.

A prata ficou com a brasileira Rayane Soares da Silva, que bateu o recorde sul-americano ao fazer 11s78. O bronze foi da irlandesa Orla Comerford.

Em entrevista ao SporTV após a participação na prova, Gabriela Mendonça destacou que foi um sonho realizado competir a final. Ela garantiu a vaga ainda na madrugada do Brasil.

“Isso para gente é muito grandioso. Ver tanta gente para ver a gente. Vamos seguir trabalhando para estar em Los Angeles 2028. Eu voltei tem seis meses, estou muito feliz de ver onde cheguei. É muito gratificante. Estou muito feliz”, disse Gabriela sobre a participação.

Sobre a prova da brasileira Rayane, a campo-grandense se mostrou muito feliz com a prata. “Eu torço muito pela Rayane. Eu vi o desempenho dela. Ver uma brasileira na final na casa dos 11 é muito emocionante. A gente é brasileira. Eu fico feliz”.

Gabriela fica em 6ª na final dos 100 metros em Paris 2024
Foto da chegada da prova dos 100 metros dos Jogos Paralímpicos de Paris na classe T13 feminino (Foto: Divulgação/COI)

O técnico de atletismo Daniel Sena, em entrevista ao Campo Grande News, citou que está com sentimento de dever cumprido. Ele destacou que a história da Gabriela é cheia de altos e baixos e que Paris 2024 é uma virada de chave na vida da atleta de 36 anos.

“Essa participação foi uma injeção de esperança e vitória na vida dela, então eu estou aqui torcendo muito por ela. Já mandei uma mensagem assim que terminou a prova, parabenizando e dizendo que realmente ela é guerreira. É o que a gente sempre conversava, resiliência, né, então isso é muito importante no dia a dia do atleta”.

Ele complementou que está muito feliz com a participação. “Fiquei muito feliz mesmo, feliz pelo desempenho dela, a sexta melhor do mundo, do planeta, então isso é muito legal”.

Carreira – Gabriela iniciou no esporte aos 13 anos, treinando com o professor Daniel Sena em 2011. Após alguns anos foi morar em São Paulo para buscar uma estrutura melhor, crescimento pessoal e profissional. E, depois de um tempo, em 2021, voltou a Campo Grande, retomou os treinos com o mesmo professor Sena.

Ela relembra o percurso até conseguir chegar à elite paralímpica. “Eu acompanhei todo o processo de desenvolvimento do projeto que o Daniel Senna criou, muita coisa cresceu e evoluiu, os atletas agora têm uniforme, estrutura, equipamentos e aparelhos que ajudam no desempenho”.

A atleta contou, também, as frustrações ao longo dos anos e cita que quase desistiu do esporte após ficar fora da última edição de Jogos Paralímpicos por conta de uma mudança na categoria. Depois disso, ela começou ‘do zero’ para conseguir a vaga em Paris. Em Campo Grande, ela treinou no Sprint Social e atualmente ela defende a equipe do Sesi, em São Paulo (SP).

Fonte: Campograndenews