27/07/2017 14h30
Funasa e prefeitura de Juti reúnem-se com catadores para criação de cooperativa
De acordo com a prefeitura, em parceria com a Funasa, em breve serão iniciadas campanhas educativas para que os moradores contribuam com a coleta seletiva
Divulgação: Dora Nunes
Técnicos da superintendência estadual da Funasa em Mato Grosso do Sul (Suest/MS), estiveram na última semana, 19.07, reunidos com autoridades de Juti, para esclarecimentos sobre a importância da formalização de cooperativa de catadores financiada com recursos federais para a implementação de centro de triagem de recicláveis, uma ação que a prefeitura vem buscando para resolver a precária situação do lixo da cidade.
Na ocasião, os servidores da Suest/MS, Bento Silva Machado e Maconi Bezerra de Mello, orientaram a prefeita Elizângela Martins Biazotti dos Santos (Laka), autoridades locais e catadores de recicláveis a importância da criação da cooperativa, explicando, ainda sobre as ações da Funasa nessa área.
De acordo com os técnicos, este programa tem como objetivo fomentar a implantação do acesso aos serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos de forma ambientalmente adequada, induzindo a inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis. Além disso, explicaram que são financiados a execução de serviços relacionados à coleta e destinação final dos resíduos sólidos, como a construção de aterros, galpões de triagem e aquisição de equipamentos.
Os servidores esclareceram, ainda, que a seleção das cooperativas e associações é realizada através de edital de chamamento público, nos quais são divulgados os critérios utilizados para a escolha das entidades que buscam esse pleito na Fundação.
A prefeita Laka se colocou à disposição para que a criação da cooperativa aconteça o mais breve possível para obtenção do financiamento da Funasa, o que contribuirá para melhorar a qualidade de vida da comunidade, pois o lixo está sendo depositado em locais próximos às residências, o que tem gerado muito incômodo, sendo ainda um potencial transmissor de doenças.
Segundo a prefeitura, ainda por ausência de um local adequado, o município estará enviando, a partir do mês de agosto, os resíduos para um aterro sanitário em Dourados, atendendo ao termo de ajustamento de conduta (TAC) emitido pelo Ministério Público.
A prefeita Laka ressalta que a prefeitura pagará por peso o envio desses descartes, o que poderia ser feito por catadores locais caso já tivessem uma cooperativa organizada. “Seria justo para os recicladores, fomentarmos este trabalho que colaborará para o menor gasto do município e gerará renda aos mesmos”, finalizou a prefeita.
Recentemente o superintendente da Funasa em Mato Grosso do Sul, Marco Aurélio Santullo e o chefe da Divisão de Engenharia de Saúde Pública (Diesp), Aristides Ortiz estiveram em Juti, conhecendo o local onde é jogado o lixo, localizado próximo à uma área urbana e por essa razão, os técnicos do Serviço de Saúde Ambiental (Sesam) se deslocaram ao município para orientação e atendimento quanto à montagem da cooperativa.
De acordo com a prefeitura, em parceria com a Funasa, em breve serão iniciadas campanhas educativas para que os moradores contribuam com a coleta seletiva, separando secos e molhados, colaborando diretamente com o processo de reciclagem.
Nessa reunião também foi redigida a primeira ata como início dos trabalhos para a criação da cooperativa de catadores de Juti. “No próximo encontro voltaremos com sugestões para montagem do estatuto e mostrando os passos para a formalização da cooperativa”, afirma o servidor Bento Machado. Juti é um município com cerca de 5.900 habitantes e está localizado a sudoeste de Mato Grosso do Sul, a 268,72 km de Campo Grande, a capital do estado.