Filho de Benjamin Netanyahu está em Miami; reservistas de Israel questionam por que ele não foi convocado

Foto: Instagram (@yair_netanyahu)

Yair Netanyahu continua na Florida, onde vive, apesar de ter idade para atuar no conflito

Soldados israelenses reclamam a presença do filho do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O motivo: enquanto o Estado judeu vive o maior confronto desde a data de sua criação, em 1948, Yair Netanyahu, de 32 anos, segue em Miami, no estado da Flórida (EUA), de acordo com informações divulgadas pelo jornal britânico “The Times”.

Os soldados israelenses contestam o porquê do filho do premier não ter sido chamado à guerra, apesar de ter idade para atuar no conflito. Cerca de 360 mil reservistas foram convocados para defender Israel no conflito. De acordo com a publicação inglesa, Yair Netanyahu vive nos Estados Unidos desde abril deste ano, atuando como voluntário em ONGs.

“Yair está aproveitando a sua vida em Miami enquanto eu estou na linha de frente”, afirmou um soldado, que atua no conflito, ao “Times”.

O mesmo soldado, cujo nome não foi revelado pelo jornal, afirma que Yair Netanyahu faz parte do grupo responsável pela guerra. Os soldados israelenses também afirmam que a ausência do filho do premier causa um vácuo na confiança deles no governo israelense.

— Somos nós quem deixamos nosso trabalho, nossa família e crianças para proteger nossas famílias em casa, e não as pessoas que são responsáveis por essa situação — diz o soldado não identificado. — Nossos irmãos, nossos pais e nossos filhos estão todos indo para a linha de frente, mas Yair ainda não está aqui. Isso não ajuda a construir confiança na liderança do país.

Yair Netanyahu vive nos Estados Unidos desde abril, apesar de ter idade para atuar na guerra — Foto: Instagram (@yair_netanyahu)
Yair Netanyahu vive nos Estados Unidos desde abril, apesar de ter idade para atuar na guerra — Foto: Instagram (@yair_netanyahu)

Nas redes sociais, o filho de Netanyahu não se abstém de comentar a situação pela qual Israel vive. Desde o início da guerra entre o Estado judeu e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro deste mês, ele vem publicando homenagens a amigos que morreram vítimas do conflito, além de mensagens de apoio ao país.

“Estamos unidos. Nós vamos vingar. Nós vamos vencer”, escreveu em 11 de outubro, na primeira publicação sobre a guerra. Além das mensagens de apoio, ele vem divulgando links para vaquinhas online, cujo objetivo, segundo ele, é ajudar soldados feridos.

FONTE: O GLOBO