Feliz ano novo por Waldir Guerra

08/01/2018 05h50

Experiência e conhecimento da máquina pública são importantes, claro, mas fundamental mesmo é que já tenha demonstrado ser competente.

Por: Tião Prado

Um Feliz Ano Novo a você que lê este meu primeiro artigo do ano e também aos jornais que me prestigiam e o publicam.

Desejo a vocês que tenham o mesmo sentimento que sinto neste início de ano: uma premonição que a maioria dos brasileiros, influenciados por tantos escândalos políticos dos últimos anos tenham a coragem, através do voto, de recuperar o Brasil.

Que o país está em crise administrativa você e eu sabemos e também sabe disso toda a torcida da Seleção Brasileira. A crise não é apenas política, mas de governo e vem desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Não podemos errar a mão nesta próxima eleição e meu palpite é de que iremos tirar a vaca do brejo, sim.

Hoje estou consciente que para que isso aconteça não basta apenas votar, mas também convencer os que estão ao nosso alcance e persuadi-los a escolher pessoas competentes para ocuparem os cargos públicos, especialmente o cargo máximo, o de Presidente da República. Mas como saber se um candidato é competente?

Experiência e conhecimento da máquina pública são importantes, claro, mas fundamental mesmo é que já tenha demonstrado ser competente.

A máquina pública cresceu demais; é complexa e um bom gestor precisa saber bem de onde vêm os recursos que tem pra trabalhar; saber onde pode investir e onde poderá ser mais criativo para potencializar os recursos que dispõe. Mais; precisa tomar decisões e agir rápido, até porque, ele tem um prazo curto, sempre menos de quatro anos, para colher bons resultados em sua administração.

O candidato que você pretende votar tem esse perfil? Se você acha que sim, então, vote nele e depois fiscalize-o para que se mantenha honesto.

Você lembra, caro leitor, da crise de 2008? Aquela crise mundial que o presidente Lula taxou de “marolinha” aqui no Brasil? Lula a subestimou tanto que até se atreveu a nos impingir a presidenta Dilma para comandar o país naquele ano de 2008. Deu nisso que estamos vendo com nosso país hoje.

Enquanto o país iniciava, sim, aqui também uma terrível crise, alguns administradores competentes tomavam atitudes diferentes. O Estado americano de Utah, ao ver sua arrecadação caindo, adotou uma jornada de trabalho alternativa: o atendimento ao público nas repartições passou a ocorrer apenas de segunda a quinta, com os funcionários trabalhando 10 horas por dia – saiu mais barato do que abrir o prédio de segunda a sexta-feira. Com o atendimento começando às 7 horas, ninguém parece ter reclamado de ter um dia a menos para resolver as coisas com o governo. Os funcionários também gostaram de ganhar um fim de semana de três dias sem diminuição de salário. A experiência foi copiada por mais de 200 cidades americanas nos anos seguintes.

Muitas cidades da Europa reduziram mais da metade da frota de carros oficiais e passaram a adotar o uso de Zipcar. Uma locadora diferente que aluga seus carros por hora e que se pode pegar e devolver em vários lugares, igual como acontece com bicicletas em cidades grandes pelo mundo – na cidade de São Paulo já tem duas locadoras de automóveis que fazem isso. Na sua não tem? Que tal um contrato com um desses novos serviços de transporte como o Uber que fornece detalhes pormenorizados da corrida pela Internet?
Que Deus ilumine a consciência de todos os eleitores brasileiros, de agora até o final do segundo turno das eleições deste ano; somente assim, conseguiremos recuperar o país.

Um FELIZ ANO NOVO a todos.

  • Membro da Academia Douradense de Letras; foi vereador, secretário do Estado e deputado federal. ([email protected])

Feliz ano novo por Waldir Guerra

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