A propriedade rural, com área de 3.418 hectares, foi alvo de denúncia que indicava más condições no manejo do gado.
Durante a Operação Padroeira, policiais ambientais de Rio Negro concluíram neste sábado (12) uma fiscalização que terminou na autuação de uma fazenda por maus-tratos. A propriedade rural, com área de 3.418 hectares, foi alvo de denúncia que indicava más condições no manejo do gado.
Nos dois dias de fiscalização, a PMA (Polícia Militar Ambiental) vistoriou aproximadamente 300 hectares de pastagem e constatou que a área estava degradada e sem capacidade de alimentar os animais. Foram encontrados bovinos em estado crítico de magreza, além de seis carcaças e duas vacas deitadas, incapazes de se levantar.
Em um dos mangueiros, os policiais identificaram a falta de água e alimento, com bebedouros danificados. Apenas no segundo mangueiro havia água e sal disponível, mas sem ração.
O capataz da fazenda relatou que 24 bezerros recém-nascidos estavam sendo alimentados manualmente pela esposa e filha devido à morte de algumas vacas logo após os partos. Ele também informou que a alimentação dos animais vinha sendo complementada com feno, mas o estoque havia acabado e uma nova remessa estava sendo aguardada.
No segundo dia de fiscalização, os policiais ouviram o filho do proprietário, que explicou estar enfrentando dificuldades para adquirir feno em razão da seca, que aumentou a demanda pelo produto. Ele também revelou que o capataz era o único funcionário disponível para cuidar dos cerca de 2.027 bovinos.
Além dos problemas identificados no primeiro dia, a equipe localizou mais nove carcaças de bovinos e outros animais debilitados, em estado avançado de desnutrição.
Com base nas condições observadas, a PMA caracterizou o crime de maus-tratos A fazenda foi multada em R$ 1.013.500,00, e os bovinos foram apreendidos, no entanto, permaneceram sob a responsabilidade do proprietário, que foi notificado a garantir alimentação e cuidados veterinários adequados.
Como o proprietário não foi localizado, o caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro e ao Ministério Público Estadual para providências.
Fonte: Topidianews