Família de jovem morto no transito de Ponta Porã quer justiça

17/06/2015 14h

O pai do jovem disse que a morte de seu filho não pode ficar impune: “Vamos buscar justiça”, diz.

Jornal Regional

A família do estudante Arnaldo Rafael Mendes Espíndola, de 19 anos, vitima de imprudência no transito de Ponta Porã na noite de 9 de junho as 19 horas na rua Calógeras, próximo a Baltazar Saldanha, informou que vai buscar justiça a todo custo para o caso. Arnaldo Rafael Mendes Espíndola e o amigo Jean Marcos (20), foram atropelados por um condutor do veiculo VW Saveiro, que após cometer o acidente fugiu sem prestar socorro as vitimas.

Arnaldo Rafael e Jean foram socorridos ao hospital Regional , onde Arnaldo Rafael não resistiu aos ferimentos e faleceu vitima do forte impacto que recebeu do veículo em questão. Ele e o amigo estavam na rua Calógeras, sentido centro bairro, quando foram colhidos pelo veiculo que invadiu a pista contraria de forma repentina, atingindo a motocicleta onde ambos estavam.

Oséias Barros Ferreira, que estava dirigindo o veiculo Saveiro no momento do acidente, se apresentou na ultima sexta-feira (12), na delegacia de Policia Civil, na presença de seu advogado, onde prestou depoimento ao delegado titular Dr. Jarley Inácio, e foi liberado para responder o processo em liberdade, seu advogado informou que ele fugiu do local do acidente por medo de represarias dos populares que começaram a chegar no local.

O pai de Arnaldo Rafael Mendes Espindola, Artêmio Betfuer Espindola esteve na redação do jornal Regional, onde informou que a família e amigos não vai deixar que o crime caia no esquecimento. “Não vamos permitir isso de maneira alguma. Ceifaram a vida de meu filho de forma cruel e covarde, o motorista fugiu sem prestar socorro., ele estava em alta velocidade conforme testemunhas relataram logo após o crime, então, isso não pode ficar assim. Ele matou um rapaz bom, um jovem que estava começando a trabalhar”, disse Artêmio.

Bastante emocionado pelo impacto da morte do filho, Artêmio Espindola disse que já constituiu uma advogada para acompanhar todo o desenrolar do processo. “Esse crime não pode ficar assim, vamos cobrar justiça, naquele dia fatídico ele estava retornando para casa com um amigo e aconteceu de encontrarem alguém irresponsável ao volante para cometer a atrocidade com a vida de meu filho. Não vou deixar assim vamos cobrar justiça”, disse.

A reportagem do site Pontaporainforma havia marcado para a manhã desta quarta-feira (17), uma entrevista com o delegado que é responsável pelo inquérito sobre o acidente, mas esperamos por quase uma hora e meia e o delegado não apareceu na delegacia para conceder a entrevista. Fomos informados que o delegado indiciou Oséias Barros Ferreira por homicídio culposo e lesão corporal culposa, que quer dizer quando não há intenção de matar, crime que tem uma sentença até 4 anos de prisão que pode ser convertido em serviço comunitário e pagamento de multa.

Através do advogado de Oséias Barros Ferreira, ele informou que seu cliente havia comprado o veículo naquele dia, estava voltando pra casa depois do trabalho e quando chegou nas proximidades do Bola cheia, um veiculo de cor branca que estava a sua frente parou bruscamente, ele teve como reação tirar do veiculo para não bater, após a manobra percebeu que havia batido de frente com a moto.

Ele se assustou muito com o acidente e temendo represálias ele resolveu sair do local, esperou o tempo necessário e se apresentou a autoridade policial, onde vai responder pelo crime cometido.

Artêmio diz que a Lei brasileira favorece quem comete um crime como esse. “Existe um grupo nas redes sociais batizado de ´acidente que não é acidente´, ou seja, como ocorreu no caso do meu filho, o condutor assumiu o risco de praticar um acidente da forma como ele dirigia e a velocidade imposta ao veículo. Nossas ruas em Ponta Porã são curtas, estreitas, como alguém dirige um carro em alta velocidade. Quem faz isso está assumindo riscos contra si próprio e terceiros, como ocorreu com meu filho. Ele perdeu a vida muito cedo, não merecia isso. Mas Deus sabe o que faz. Aqui, não podemos aceitar barbaridades desse tipo e queremos que se faça Justiça”, disse ele.

ANIVERSÁRIO – Outro fato que marcou a vida da família Espíndola nesse episódio foi que no dia 10 de junho, o irmão de Rafael, Rodrigo Mendes Espíndola, estaria completando 18 anos. Uma lembrança foi feita no dia 12, quando a família se reuniu para abraçar Rodrigo e homenagear o irmão falecido.

foto: Divulgação

Artêmio, ao centro, com os filhos Rodrigo e Rafael (dir.) vítima fatal do acidente

registro do momento do acidente.foto: Whatsapp

No sábado (12) a família se reuniu para comemorar o aniversário do irmão de Rafael, Rodrigo que completou 18 anos no dia em que sepultou o irmão