Utida afirma que em qualquer uma das escolhas,
é indispensável fazer um bom planejamento financeiro
Utida conta que a compra não é a melhor opção para quem tem menos de 50% do valor do imóvel para dar uma entrada. Ao financiar, por exemplo, 70% de um imóvel, os bancos elevam as taxas de juros por entenderem que esse cliente, que não possui dinheiro guardado ou investido, oferece mais riscos e tem mais chances de não cumprir com os pagamentos. “Por exemplo, uma pessoa que adquiriu um apartamento de R$ 500 mil, deu uma entrada de R$ 150 mil e financiou o restante. Dependendo do tempo de financiamento, ela vai acabar pagando duas ou três vezes esse valor”, afirma. “Quem não tem nenhuma quantia guardada, paga juros e perde dinheiro. Já quem tem um montante maior acaba aplicando, recebe juros e ganha muito mais”, completa.
Outra situação que deve ser levada em consideração são os valores que serão aplicados em reformas. “Esse imóvel de R$ 500 mil acaba saindo por cerca de R$ 600 mil por conta de coisas básicas, como colocar piso e armários, mas quando for vender isso não será contabilizado. Então, é mais um prejuízo, mais uma despesa para ser levada em consideração”, ressalta Utida.
O especialista afirma que, em comparação com o financiamento, hoje, o aluguel faz muito sentido, principalmente para quem tem dinheiro guardado. Segundo ele, um financiamento de altos juros traz mais prejuízos e uma falsa ilusão de que está comprando alguma coisa que é sua, mas enquanto está financiado, ainda não é seu. “Para uma pessoa que possui R$ 350 mil, por exemplo, é uma boa opção alugar. Considerando um investimento de rentabilidade 0,5%, ou seja, aproximadamente R$ 1.750,00 por mês. Neste exemplo, ela pode alugar um imóvel condizente com o seu capital apenas utilizando os juros dele e o valor aplicado continua intacto. É a melhor forma de não perder dinheiro”.
Yuri diz que aplicar o valor também pode proporcionar outras vantagens, como isenção das taxas que incidem sobre o imóvel, melhor score bancário, disponibilidade de empréstimo e taxas de cartão de crédito e cheque especial muito melhores para ajudar em alguma emergência, além de melhores condições para investir ou comprar algum bem.