Educação antirracista na EJA é debatida em webinário

Foto: Wanderley Pessoa

O Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Instituto Federal Farroupilha (IFFar), promoveu, na quarta-feira, 9 de abril, o 3º Círculo de Cultura Virtual, voltado à formação em serviço para professores da educação de jovens e adultos (EJA). Com o tema “Práticas Pedagógicas na EJA: educação antirracista e contra todas as práticas de discriminação”, o evento foi transmitido ao vivo no canal do Círculo de Cultura no YouTube. A ação formativa integra o Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da Educação de Jovens e Adultos 

O Círculo de Cultura é uma metodologia de ensino desenvolvida por Paulo Freire para promover a construção de conhecimento por meio do diálogo. O objetivo do encontro foi oferecer aos educadores ferramentas e estratégias pedagógicas voltadas para uma educação inclusiva e que combata o racismo e todas as formas de discriminação. O 3º Círculo de Cultura contou com três especialistas em educação inclusiva e antirracista: a professora Edite Maria da Silva de Faria, a pesquisadora Ivanilda Amado Cardoso e a consultora Ana Regina Barbosa Spinardi.   

Na abertura, a diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do MEC, Ana Lúcia Sanches, destacou a publicação da Resolução CNE/CEB nº 3/2025, que trata das novas diretrizes operacionais nacionais para a EJA.  

“O ministro homologou efetivamente esse novo desenho da educação de jovens e adultos com as diretrizes operacionais que irão nortear a EJA de um jeito mais honesto, envolvido e comprometido. Em momento oportuno, nós vamos detalhar isso e trabalhar profundamente para poder fazer a EJA de uma forma mais criativa, envolvida com as comunidades, abrangendo a educação popular como um princípio. Eu acho que a gente tem caminhado muito em relação a isso”, afirmou Sanches. 

A diretora ainda destacou a divulgação de dados positivos do Censo Escolar 2024, apresentados na quarta-feira (9). Estamos, nesse momento, na governança do Pacto, com alguns desafios. O ministro Camilo Santana apresentou os dados do Censo Escolar, e eles nos revelam alguns avanços. Nós tivemos mais de 1.600 municípios que não ofertavam a EJA e agora ofertam. Esse é um dado muito positivo, mas ainda temos muita gente que ainda não teve o seu direito assegurado. Muitos municípios que ainda não ofertam a educação de jovens e adultos. Nenhum município desse país deve ficar sem pelo menos uma sala de EJA para atender à sua população, com seus diferentes públicos e contextos, que são, sem dúvida, contextos de desigualdades”, avaliou. 

Na sequência, as especialistas Edite Faria, Ivanilda Cardoso e Ana Regina Spinardi discorreram sobre a educação antirracista, abordando legislações vigentes no país, referenciais teóricos, estrutura do racismo no Brasil, termos e conceitos presentes nos debates sociais, além de como o racismo está estruturado nas relações sociais no Brasil e suas repercussões na educação.  

Também participaram do evento a coordenadora pedagógica do Círculo de Cultura, Fernanda dos Santos Paulo, e a professora do IFFar, Maria Terezinha Kaefer, que fizeram a mediação das apresentações.  

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi)  

Fonte: Ministério da Educação