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quarta-feira, 23 de outubro, 2024
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Diante da irritação de Lula com Maduro, Brasil discorda da entrada da Venezuela nos Brics

Venezuela tenta conversar com o Brasil sobre o assunto desde a Assembleia da ONU, mas esbarra em problema das eleições no país.

A reunião de cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia, será palco de um embate diplomático entre o Brasil e a Venezuela, que começou depois que Nicolás Maduro não aceitou a derrota nas eleições. Nos bastidores, o governo brasileiro se manifestou contra a entrada dos venezuelanos com parceiro do grupo de países emergentes.

Nesta terça-feira (22), Lula conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin. Ao mesmo tempo, Maduro desembarcou de surpresa na sede do encontro. A chegada é vista como um sinal de apoio de Putin à inclusão do país sul-americano na lista de parceiros.

A partir desta quarta-feira (23), os chefes de Estado analisam a reivindicação de cerca de 30 países interessados em ingressar no Brics. A inclusão da Venezuela conta com apoio da Rússia, mas esbarra em uma forte resistência do Brasil, que não reconheceu a reeleição de Maduro.

A diplomacia venezuelana tenta argumentar com o Itamaraty desde a Assembleia das Nações Unidas, em setembro. Mas a ideia não tem a simpatia do presidente Lula, que anda irritado com Maduro.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a entrada da Venezuela nos Brics seria analisada durante a 16ª Cúpula do grupo. Questionado pela RECORD se havia alguma chance de o Brasil vetar a participação venezuelana, Vieira respondeu: “Tudo será examinado pelos chefes de Estado”.

Inicialmente, os Brics reuniam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Entraram para o grupo posteriormente Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. Será a primeira cúpula com os novos integrantes, que são considerados membros plenos e, por isso, também têm poder de veto.

Fonte: R7