Mercado de trabalho recebeu mais 701 mil pessoas desocupadas, mas, mesmo assim, teve melhor resultado para o mês desde 2014.
A taxa de desemprego no Brasil subiu e chegou a 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Apesar da alta, o resultado é o melhor para o mês desde 2014. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa mostra que 7,5 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho.
Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas desempregadas teve uma alta de 10,4% (mais 701 mil pessoas) no trimestre. No entanto, no confronto anual, apresentou queda de 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas).
O número de empregados com carteira assinada no setor privado foi novo recorde da série histórica iniciada em 2012: 39,6 milhões, com altas nas duas comparações: 1,1% (mais 421 mil pessoas) no trimestre e 4,1% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano.
Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 6% (menos 861 mil pessoas) no trimestre e manteve estabilidade no ano.
O levantamento mostra que o número de empregados no setor público (12,4 milhões) recuou 3,9% (menos 496 mil pessoas) no trimestre e subiu 2,8% (mais 334 mil pessoas) no ano.
Salário médio do brasileiro
Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.378 – uma alta de 1,3% no trimestre e de 3,6% no ano, chegando ao recorde da série histórica iniciada em 2012.
A massa de rendimento real habitual (R$ 342 bilhões) foi novo recorde, mantendo estabilidade no trimestre e crescendo 6,2% (mais R$ 20 bilhões) no ano.
Desalentados e subutilização
A população desalentada registrou 3,2 milhões, com alta de 6,9% na comparação trimestral, o equivalente a mais 208 mil pessoas nessa condição. Já na comparação anual, houve queda de 11,8% (menos 435 mil pessoas). O percentual de desalentados (2,9%) cresceu 0,2 ponto percentual no trimestre e recuou 0,4 ponto percentual. no ano.
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.
Já a taxa de subutilização, que calcula o percentual de desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, e a força de trabalho potencial, ficou em 15,7%. A população subutilizada (18,3 milhões) cresceu 2,8% (mais 491 mil pessoas) no trimestre e caiu 11,5% (menos 2,4 milhões) no ano.
Informalidade
A taxa de informalidade foi de 38,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7% (ou 40,3 milhões) no trimestre encerrado em novembro de 2024 e 38,7% (ou 38,8 milhões) no mesmo trimestre de 2024.
População empregada
Segundo o IBGE, a população ocupada (102,7 milhões) caiu 1,2% (menos 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e cresceu 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58%, caindo 0,8 ponto percentual no trimestre (58,8%) e crescendo 0,9 ponto percentual (57,1%) no ano.
Fonte: R7