Integrantes da Câmara dos Deputados avaliam que, a prisão do deputado Daniel Silveira , por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), pode ser um caminho e também pode parecer como um desacato à Corte. Ainda não se tem um entendimento sobre o que farão. As informações foram apuradas pelo blog da Andréia Sadi, do G1.
Segundo informações, os representantes estariam de certa forma preocupados em “proteger” a Casa, caso decidam em não ir para frente com futuros casos de prisão envolvendo deputados que foram decididos pelo Judiciário. Porém, eles também não querem arrumar algum tipo de atrito com o STF, pois de acordo com um líder que participa das negociações, Silveira “vive de atacar a democracia”.
Levando em consideração a opinião de parlamentares com base governista, Silveira já vem contrariando o STF há algum tempo e caso a Corte decida manter sua prisão, ficará cada vez mais difícil para deputados discordarem de uma decisão tomada pela maioria dos ministros do Supremo. Com isso, eles passam a não responsabilizar a pessoa em questão, mas sim a Câmara que travaria uma “briga” contra o STF.
A Mesa da Câmara irá se reunir na tarde desta quarta-feira (17). A expectativa entre os líderes partidários é de que os outros ministros do Supremo pudessem reavaliar a decisão tomara por Moraes. O intuito é apontar que o ministro pensaria de forma diferente se tivesse compartilhado tal decisão para que em consenso, chegassem em um veredito com os outros participantes do STF.
Ainda de acordo com informações, um grupo de deputados estariam tentando um acordo para que a prisão de Silveira seja revogada e que ele seja julgado pelo Conselho de Ética da Câmara. A Rede Sustentabilidade divulgou nesta quarta (17), que entraria com um pedido de cassação do mandato do deputado.
Já no Planalto, a ordem seria de não se envolver com a defesa do deputado Silveira. Aliado de primeiria hora do atual presidente Jair Bolsonaro e seus ministros, até o momento, nenhuma defesa pública foi divulgada por eles em prol de Silveira. A razão para tal atitude seria de que o governo Bolsonaro não pretende criar e nem se envolver em qualquer desentendimento com o STF, pois desde de o ano passado, gestão busca aproximação com ministros.