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sexta-feira, 4 de outubro, 2024
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Cultivada com trabalho prisional, Horta da Esperança completa um ano este mês com mais de 7 toneladas de alimentos doados

Próxima de completar um ano de atividades, a Horta da Esperança, instalada no CPAIG (Centro Penal Agroindustrial da Gameleira), demonstrou seu impacto positivo na comunidade ao realizar, no último dia 3de outubro, a doação de cerca de 300 kg de hortaliças para crianças e adolescentes da Escola Estadual Prof. Silvio Oliveira dos Santos. Essa ação beneficiou aproximadamente 150 famílias, com a doação de 700 pés de verduras e folhagens.

A iniciativa é uma parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, destacando a importância na ressocialização dos detentos e no auxílio às comunidades carentes. O projeto foi idealizado pelo juiz Albino Coimbra Neto, com início oficial em 19 em outubro de 2023; neste período a Horta da Esperança já doou mais de 7 toneladas de alimentos a 15 escolas que participam do projeto Revitalizando a Educação com Liberdade, totalizando mais de 47 toneladas produzidas.

Com uma área de cerca de três hectares, a horta não só fornece alimentos frescos, como também é uma fonte de remuneração para os internos. Parte da produção é vendida, enquanto outra é doada a escolas públicas e entidades beneficentes. Recentemente, foram doadas alfaces, cebolinhas, salsas, couves e acelgas. Atualmente, 10 internos que trabalham no cultivo de hortaliças, legumes e frutas.

Cultivada com trabalho prisional, Horta da Esperança completa um ano este mês com mais de 7 toneladas de alimentos doados

O diretor da Escola Estadual, Leandro Colombo Pedrini, destacou a importância da doação para a saúde e educação alimentar dos alunos, ressaltando que muitos deles dependem desse apoio para complementar suas refeições. “As famílias adoram, pois muitos não teriam como comprar esses alimentos. Essa iniciativa enriquece a alimentação em suas casas”, afirmou.

Os alunos receberam os alimentos com entusiasmo. Rayssa Vieira, de 15 anos, expressou sua satisfação: “Acho este projeto muito importante para a saúde dos alunos e promove um movimento de união. Fico feliz de estar em um colégio que se preocupa com isso.”

Cultivada com trabalho prisional, Horta da Esperança completa um ano este mês com mais de 7 toneladas de alimentos doadosO diretor do Centro Penal, Adiel Rodrigues Barbosa, enfatizou que, além de alimentar famílias carentes, o projeto é crucial para a ressocialização dos internos, que recebem remuneração e remição de pena por seu trabalho. “Essa iniciativa envolve servidores, escolas, familiares dos internos, o Tribunal de Justiça, a Agepen e outras instituições”, destacou.

A estrutura da horta foi financiada com 10% do salário dos presos que trabalham na capital. Atualmente, a equipe é composta por 10 internos que, além de receberem um salário-mínimo, têm a chance de aprender uma nova profissão, contribuindo para seu recomeço após a prisão.

A ação exemplifica como parcerias entre o Poder Judiciário, a Agepen e outras entidades podem transformar vidas e comunidades, promovendo a ressocialização e a inclusão social. Os trabalhos têm o apoio de diversos parceiros como a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), que disponibilizou a equipe técnica do Senar, com profissionais presentes na capacitação e orientação da produção desde a preparação do solo, manejo, cultivo e rotatividade no plantio.

Com e fotos informações do TJMS.

Fonte: AGEPEN – MS