Conheça os exames ginecológicos que devem ser feitos em cada fase da vida

09/04/2014 10h50

Visitas anuais ao médico ajudam na prevenção do câncer de mama e colo de útero

Daquidali

Quando o assunto é saúde, prevenir é sempre o melhor remédio, e o médico ginecologista é seu maior aliado para manter tudo em ordem. Alguns exames precisam ser realizados de tempos em tempos, e com o passar dos anos a frequência e prevenções mudam. Para te ajudar a cumprir todos e ter uma vida mais saudável, o DaquiDali preparou um guia com tudo que deve ser feito em cada fase da sua vida.

“O que mais focamos são os câncer de mama e de colo de útero, que são os tipos que mais matam mulheres. Se diagnosticados precocemente a chance de cura é alta, mas se você espera ter sintomas para ir ao consultório geralmente é porque eles já passaram da hora. O de mama só é palpável quando já está com um ou um centímetro e meio, avançado”, explica a ginecologista Liliane Melo Guimarães.

Antes de menstruar

A primeira visita ao ginecologista deve acontecer logo cedo, perto dos nove anos, antes da primeira menstruação. “Nesse período é bacana avaliar se o desenvolvimento está adequado com exame clínico. É aí que começa o desenvolvimento dos caracteres sexuais, como o crescimento das mamas e dos pelos pubianos, e o médico vai avaliar possíveis corrimentos, porque as primeiras secreções têm início, e até tirar dúvidas”, revela a ginecologista e obstetra Barbara Murayama.

Nesse momento também pode, e deve, ser pedida a vacina contra o HPV, que já está liberada gratuitamente no sistema público para meninas entre 11 e 13 anos. “É recomendado tomar antes do início da vida sexual, porque assim você tem a certeza de nunca ter se exposto ao vírus”, fala a doutora Liliane.

Após a primeira menstruação

Depois de menstruar pela primeira vez, a menina deve voltar ao consultório para uma nova avaliação, dessa vez podendo existir algum tipo de exame. “Pode-se fazer o ultrassom para ver o ovário e o útero, mas vai variar de médico para médico. O objetivo é descobrir se tudo está funcionando bem”, conta.

É também nessa consulta que a necessidade de tomar anticoncepcionais começa a ser avaliada, já que eles não são apenas contraceptivos. “É uma medicação hormonal e muitas vezes se inicia na adolescência, porque é quando você tem uma alteração normal da adaptação do corpo. Além disso, o ginecologista é um canal de conversa e um caminho a mais para buscar informação”, diz a doutora Barbara.

Início da vida sexual

Depois do início da vida sexual, é chegada a hora de fazer o primeiro exame de rotina, que é também o mais importante. “O primeiro é o papanicolau, que deve ser iniciado depois da primeira relação ou no máximo até os 18 anos. Ele deve ser feito anualmente, mas pode se tornar mais frequente se houver alguma doença”, indica a doutora Barbara.

Aos 20 anos

Aqui, o Papanicolau já deve ter se tornado rotina, e outros exames anuais podem ser incluídos para garantir a sua segurança. “Costumo pedir também o ultrassom das mamas e do útero anualmente ou a cada dois anos, para prevenir o câncer”, relata Liliane Melo Guimarães.

Outro ponto de extrema importância é fazer o autoexame das mamas em casa regularmente, e consultar o médico caso encontre algo fora do comum. “Dificilmente um nódulo passará despercebido em mulheres que vão anualmente ao ginecologista, mas é bom fazer sozinha também. Você deve fazer logo após a menstruação, quando a mama está menos inchada e as glândulas não são confundidas com nódulos. Deite o mais relaxada e confortável possível e coloque uma das mãos atrás da cabeça, com a outra você vai dedilhando e apalpando”, ensina a ginecologista e obstetra Barbara.

Aos 30 anos

Além dos dois exames que já são parte da sua vida, é chegada a hora de fazer os exames de sangue e ultrassom da tireoide, que tem risco de alteração aumentado. “Você vai realizar o da tireoide a cada dois anos a partir dessa idade, porque ela é uma glândula que tem muita influencia ginecológica e pode se alterar”, aponta.

As duas profissionais também orientam a fazer a primeira mamografia aos 35 anos, principalmente quando existe um histórico familiar de primeiro grau, em avós, mães ou irmãs. “Estando tudo normal você faz novamente aos 40 anos, e ele também passa a ser anual junto com o Papanicolau e o ultrassom”, completa Liliane.

Na menopausa

Após os 50 anos, ou quando você entrar na menopausa, deve ser iniciado o cuidado com os ossos. “Vamos fazer a densitometria óssea para prevenir a osteoporose a cada dois anos, focando principalmente em mulheres magras ou brancas, que tem maior incidência’, finaliza Barbara.

Naiara Taborda

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