Como minimizar os impactos do estresse térmico em bovinos

Em períodos de calor intenso, uma das orientações e remanejar manejos reprodutivos para os horários não tão quentes Divulgação Biogénesis Bagó

As mudanças de temperaturas podem influenciar diretamente no desempenho dos bovinos, impactando desde o peso dos animais até a eficiência reprodutiva dos rebanhos. Para evitar essas perdas e garantir a máxima performance produtiva do gado, é importante que os pecuaristas conheçam os efeitos do estresse térmico e saibam como mitigar os impactos para não perder a rentabilidade do seu sistema produtivo. 

Segundo o gerente de Produtos & Trade da Biogénesis Bagó, Caio Borges, os impactos das altas temperaturas variam de acordo com a categoria e origem dos animais, levando em consideração a zona de conforto térmico e os limites máximos e mínimos de temperatura que os animais suportam.

“Estudos mostram que para bovinos recém-nascidos, a temperatura mínima crítica é de 10ºC, com o conforto térmico entre 18 e 21ºC, e o limite máximo é de 26ºC. Nos bovinos europeus, a temperatura mínima é de -10ºC, conforto térmico entre -1 e 16ºC, sendo a temperatura máxima de 27ºC. Já nos bovinos indianos, o limite mínimo é de 0ºC, o conforto térmico entre 10 e 27ºC e a temperatura máxima suportada de 35ºC”, resume Borges.

Ele comenta que, quando são submetidos a temperaturas elevadas que ultrapassam o índice considerado suportável, os animais ficam sujeitos à hipertermia, exigindo processos termorreguladores de perda de calor para o retorno da temperatura corporal normal (homeostase). Além disso, quando os limites toleráveis são ultrapassados, alguns impactos são gerados no desempenho e na saúde do animal, como redução da imunidade, diminuição da produção de leite, perdas reprodutivas, aumento da incidência de acidose ruminal e queda no consumo de matéria seca.

“A resposta do animal ao estresse é determinada pela intensidade e duração da exposição ao estressor, podendo gerar respostas adaptativas comportamentais, como, por exemplo, a redução de atividade nas horas mais quentes do dia, intensificação do pastejo durante a noite, busca por sombra e/ou imersão em água durante o dia, respostas fisiológicas como aumento da frequência respiratória, redução no metabolismo energético e respostas imunológicas que levam à redução da imunidade do animal”, lista Borges.

Neste cenário, para a tentativa de adaptação ao estresse térmico, os nutrientes ingeridos por meio da dieta que seriam encaminhados ao crescimento e desenvolvimento do animal precisam ser redirecionados para a manutenção do equilíbrio térmico na tentativa de amenizar os impactos gerados pelo estresse. Com isto, algumas medidas devem ser tomadas para garantir o maior conforto dos animais visando a redução nos impactos produtivos das fazendas.

“É muito importante fornecer área de sombra, garantir a ventilação adequada, dar acesso a água limpa e em volumes suficientes, ajustar as práticas de alimentação para incentivar os animais ao consumo durante os períodos mais frescos do dia e remanejar manejos reprodutivos para os horários não tão quentes”, reitera Borges.

O profissional orienta o uso Kit Adaptador, solução da Biogénesis Bagó, que fornece as vitaminas e microminerais em quantidade e qualidade adequadas para que o organismo animal tenha maior poder de combate e redução dos efeitos negativos gerados pelo estresse térmico.

“O Kit Adaptador é uma solução de extremo valor à produção animal e que agrega muito às outras diversas medidas de manejo implementadas nas fazendas para combate ao estresse térmico. Isso porque fornece ao animal uma suplementação adequada de minerais e vitaminas para que o organismo tenha maior poder de combate aos danos gerados pelo estresse térmico e um maior potencial de adaptação aos desafios, amenizando assim os impactos produtivos gerados na fazenda”, orienta o médico-veterinário.