Como funciona o Mounjaro, medicamento queridinho dos famosos

Reprodução Medicamento foi originalmente desenvolvido para tratar o diabetes mellitus tipo 2

Medicamento foi originalmente desenvolvido para tratar o diabetes mellitus tipo 2
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Medicamento foi originalmente desenvolvido para tratar o diabetes mellitus tipo 2

Em entrevista ao colunista Leo Dias, o apresentador Luiz Bacci, da Record TV, confessou que de agosto para cá [setembro], ele conseguiu eliminar 15kg, usando um método que boa parte dos famosos estão recorrendo fora do Brasil. Trata-se do medicamento Mounjaro (tirzepatida), que foi desenvolvido originalmente para tratar o diabetes mellitus tipo 2. No entanto, pesquisas recentes têm demonstrado resultados notáveis no tratamento da obesidade, algo sem precedentes em comparação com outros medicamentos disponíveis. Isso ocorre porque a tirzepatida, de acordo com estudos, é capaz de reduzir o peso corporal em até 30% a 50%.

O mecanismo de ação é semelhante ao do Ozempic, aumentando os níveis de GLP-1 e GIP. Esses dois hormônios, quando elevados no corpo, reduzem significativamente a sensação de fome. Nos Estados Unidos, o custo mensal do medicamento chega a cerca de US$ 1.000, e é crucial ressaltar que o uso de qualquer medicamento deve ser acompanhado por um profissional de saúde.

Segundo a nutróloga Fernanda Cortez, este medicamento, de uso semanal, ativa os receptores de dois hormônios que desempenham papéis fundamentais no sistema digestivo: o GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon) e o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose). Ambos esses hormônios desempenham um papel crucial na regulação do apetite, e a tirzepatida trabalha para reduzir a sensação de fome e ajustar a utilização de gordura pelo corpo.

“O Mounjaro requer uma prescrição médica para seu uso. Embora seja disponível sem a necessidade de receita, é essencial que seja recomendado por um profissional de saúde. Além disso, é importante ressaltar que os benefícios da atividade física e a adoção de um estilo de vida saudável tendem a ter um impacto importante”, diz a médica.

“A sustentabilidade e a durabilidade do tratamento estão intrinsicamente ligadas a esses fatores. Por exemplo, o Ozempic é muitas vezes associado a pacientes que não modificam seus hábitos alimentares, continuando a consumir alimentos pouco saudáveis, mesmo em quantidades menores. Isso ocorre porque o medicamento reduz a sensação de fome, resultando em uma ingestão calórica reduzida, mas não necessariamente na adoção de escolhas alimentares mais saudáveis”, ressalva.

“A prescrição e supervisão de um médico são necessárias ao considerar este medicamento. É importante exercer cautela, pois o medicamento também pode apresentar efeitos colaterais significativos, como náusea, vômito, enjoo e alterações intestinais, incluindo constipação.”

A modificação do estilo de vida, consulta médica regular, exames de diagnóstico e tratamento da causa subjacente são cruciais. Dependendo exclusivamente da medicação pode levar a um ciclo de perda de peso seguido de ganho de peso, o que não é sustentável a longo prazo.

“O Mounjaro já obteve aprovação nos Estados Unidos, Japão e vários países europeus para o tratamento de diabetes tipo 2, e está atualmente em processo de avaliação pela Anvisa para uso no Brasil com essa finalidade”, explica Fernanda.

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Fonte: Mulher