01/11/2017 07h30
O projeto prevê a substituição do policiamento ostensivo dentro dos estádios por seguranças privados
Agência Senado
A segurança nos eventos esportivos, realizada atualmente apenas por forças das polícias militares, pode passar a envolver também serviços de guardas privadas.
É o que estabelece projeto (PLS 457/2016) previsto para ser votado na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização, Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), em reunião marcada para a quinta-feira (1º), às 9h.
Com alterações no Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/2003), a proposta é da Comissão Parlamentar de Inquérito do Futebol (CPI do Futebol), que funcionou no Senado até dezembro de 2016.
No relatório final, a CPI justifica que o poder público não vem sendo capaz de garantir de modo integral a segurança dos torcedores nos estádios.
O projeto destaca que no lado externo a segurança continuará a cargo dos agentes públicos. O texto também prevê que o proprietário ou administrador do estádio, seja entidade privada ou ente público, responderá solidariamente por danos materiais e imateriais que o torcedor vier a sofrer na área interior, nas esferas administrativa e civil, e também penal, em decorrência de lesões físicas por atos e situações tipificadas no Código Penal.
O relator, senador Cidinho Santos (PR-MT), recomenda a aprovação do projeto sem alterações de conteúdo, sugerindo apenas duas emendas com ajustes de técnica legislativa.
Depois de receber parecer na CTFC, a matéria deverá seguir para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Comércio eletrônico
A pauta da comissão também traz o projeto que impede o comerciante de inserir, sem comprovação cabal de um contrato ou prestação de serviços, dados negativos sobre os consumidores em órgãos de proteção ao crédito.
O texto (PLS 243/2014), do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), estabelece as mesmas exigências no caso de eventual tentativa de cobrança de débito.
A proposta também explicita que declarações unilaterais do vendedor não farão prova de realização de contrato, necessitando a existência de assinatura eletrônica para identificar de forma segura o consumidor.
O objetivo do projeto é trazer mais segurança para a relação de consumo presente no comércio eletrônico. O relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), apresentou voto favorável, mas com emenda para explicitar as formas de manifestação de vontade do consumidor no ambiente não presencial.
Pelo texto, deverá ser assegurada a comprovação da contratação do serviço ou a aquisição do produto por meio de biometria, assinatura eletrônica, digitação de senha ou de código de autenticação emitido por dispositivo pessoal e intransferível.
O projeto será votado em caráter terminativo e, caso aprovado, segue diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para que seja analisado pelo Plenário do Senado.
Balança
Na mesma reunião, a comissão deve votar dois requerimentos para a realização de audiências públicas e o projeto que torna obrigatória a disponibilização de balanças de precisão em estabelecimentos varejistas que comercializem produtos lacrados.
A ideia do projeto (PLS 21/2017), de iniciativa da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), é possibilitar que o consumidor confira o peso do produto que está comprando.