A sustentabilidade no agronegócio incide na adoção de ações que busquem unir o trabalho realizado dentro do campo com ferramentas e medidas sustentáveis, ou seja, reduzindo os impactos no meio ambiente.
Pensando nisso, foi que o terceiro dia da Ponta Agrotec 2023 teve como foco o eixo Ambiente e Sustentabilidade. O dia começou com a palestra sobre Carbono Neutro, um dos assuntos que permeia o agronegócio nos últimos tempos por ser de suma importância para a saúde do planeta.
“Temos sérios problemas com o clima, em especial com o aquecimento global que impacta diretamente na produção no agro. Por isso, precisamos agir diante desses desafios, trazendo soluções para a redução na emissão de gases de efeito estufa, por exemplo”, explicou o gerente executivo do Senai/MS, representando a FIEMS, Renato Tavares Maurício Barbosa.
Seguindo a agenda de palestras, a feira contou com a participação do gestor ambiental com mais de 15 anos de carreira de sustentabilidade corporativa, licenciamento ambiental, processos agroindustriais, e gestão estratégica de sustentabilidade e de carbono, Francisco Martins de Almeida Rollo, da Bureau Veritas/UEMS.
Esteve presente também Pauline Heck Bellaver, especialista de Sustentabilidade na Seara Alimentos, com mais de 15 anos de experiência na agroindústria, também com foco em temas de gestão ambiental, sustentabilidade, energias renováveis e mudanças climáticas.
Para ela, o ESG (Environment, Social, Governance), tema principal de sua palestra, pode ajudar as grandes empresas que desejam se adaptar neste modelo de negócio. “As empresas estão cada vez mais preocupadas em ajudar a planeta a se renovar, isso envolve trazer à tona novos modelos de trabalho, como o uso consciente da água, consumo consciente e tantos outros fatores que envolvem a produção de alimentos com o menor uso de recursos renováveis”, disse, Pauline.
Na mesma linha de raciocínio, foi que o Eduardo Folley Coelho, Presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Miranda e conselheiro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do MS, palestrou. Sua apresentação foi sobre o “Agronegócio e desenvolvimento sustentável: o case da Cabeceira do Rio da Prata”. Segundo Folley, um exemplo de operação de ecoturismo em uma fazenda de alta rentabilidade pecuária.
“É uma grande conquista ambiental, já que a fazenda usa práticas ambientais que não degradam os recursos naturais e ainda integram atividades de contemplação e interação com a biodiversidade do Pantanal”, respondeu Folley, dizendo ainda que “é possível ter uma rentabilidade muito boa, conservando o meio ambiente”.
A fazenda Cabeceira do Rio da Prata é RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural e protege cerca de 295,0484 hectares da sua área total.
Durante a tarde, a feira teve ainda palestras sobre “Inovação Tecnológica no Melhoramento Genético de Soja e Trigo”, com o Engenheiro Agronomo, Ralf Udo Dengler e “Desafios e potencialidades na produção de frutas e hortaliças em Mato Grosso do Sul” com Daniel Zimmermann Mesquita e Darlan Souza Flauzino, coordenador do curso de agronomia do IFMS, em Naviraí (MS) e do supervisor de campo pelo SENAR/MS, respectivamente.
A produção leiteira teve destaque neste dia na segunda edição da Ponta Agrotec com o Encontro de Produtores de Leite – Rota Sul Fronteira, promovido pela Bancada do Leite da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e APLAI – Associação dos Produtores de Leite do Assentamento Itamarati.
O encontro teve a presença do Deputado Estadual Renato Câmara e levantou o debate sobre “O futuro da produção leiteira em Mato Grosso do Sul”.
“Estar em um evento desta magnitude é a oportunidade de nos aproximarmos, enquanto parlamentar, dos produtos de leite desta região para manter um diálogo e levantar as reivindicações para que nós possamos balizar nosso trabalho nas questões levantadas na feira”, explicou o deputado.
Representando a Aprosoja/MS, Fábio Caminha palestrou sobre “A soja em MS: perspectivas e desafios”.
“A ideia é mostrar a evolução da produção da soja e do milho no Estado nos últimos anos e projetar o futuro com base nas expectativas e desafios que teremos pela frente”, contou, dizendo ainda que um dos maiores desafios é a logística da produção agrícola.
A roda de palestra contou ainda com a Dacley Neu, da UFGD/MS, falando sobre o “Futuro e as oportunidades da piscicultura em MS”.
Presente no ano passado, a associação, líder no segmento do agronegócio e incentivadora de pesquisas da soja em Mato Grosso do Sul, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, trouxe para a feira, o 7º Circuito Aprosoja, com Treinamento de Mecanização Agrícola (teórico e prático) durante todos os dias da Ponta Agrotec 2023.
A 2ª edição da Ponta Agrotec aconteceu entre os dias 30 de agosto a 02 de setembro em Ponta Porã e é uma realização do Majestic Hall, Governo do Estado e Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As instituições parceiras e confirmadas desta edição são IFMS, UFMS, UEMS, UFGD, Senar, Aprosoja, Embrapa, Senai e Sebrae.
Mais detalhes no site: https://pontaagrotec.com.br/
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