Com apoio do MJSP, Polícia Civil de SC realiza operação em sete estados para combater fraude contra fintech

Foto: Divulgação / MJSP
 
Brasília, 10/04/2025 – Uma ação liderada pela Polícia Civil de Santa Catarina (SC) foi deflagrada, nesta quinta-feira (10), para desarticular organização criminosa responsável por fraudar uma fintech em cerca de R$ 6 milhões e realizar mais de 300 transações, em Florianópolis (SC). Além do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), colaboraram com a ação as polícias civis do Amazonas (AM), da Bahia (BA), do Ceará (CE), de Minas Gerais (MG), do Paraná (PR), de Pernambuco (PE) e de São Paulo (SP).

A quadrilha cometia a fraude por meio de acesso ao sistema de TI da fintech, instalada na capital catarinense. Foram expedidos 23 mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, em 15 municípios envolvidos na ação: Rio Preto da Eva (AM); Salvador (BA); Caucaia (CE); Caruaru (PE); Betim e Belo Horizonte (MG); Colorado, Ponta Grossa e Santa Helena (PR); São Francisco do Sul (SC); e São Bernardo do Campo, Valparaiso, Bauru, Itu e Cubatão (SP).

O diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) do MJSP, Rodney da Silva, disse que a operação reforça o compromisso permanente em desmantelar esquemas sofisticados de fraude digital, que exploram vulnerabilidades tecnológicas e financeiras. “Nós, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas [Ciberlab], seguimos integrados com as Polícias Civis na identificação de criminosos virtuais e na recuperação de ativos ilícitos, garantindo mais segurança para a sociedade”, ressalta.

Para cumprir os mandados a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate a Estelionatos (DCE), contou com apoio do Ciberlab, da Diopi, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Segunda fase

Essa é a segunda fase da operação policial para combater uma quadrilha especializada em furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, em Florianópolis. A primeira ocorreu em 15 de julho de 2024.

Na ocasião, foi identificado e preso preventivamente o hacker que acessou o sistema. Na primeira fase, foi possível bloquear U$ 40 mil em criptoativos dele, bem como apreender um veículo de R$ 120 mil. Além disso, foi feito o bloqueio judicial de cerca de R$ 4,5 milhões, pois após a fraude, houve a repatriação de aproximadamente R$ 1,5 milhão por via de Mecanismo Especial de Devolução (MED) e procedimento congênere.

Ghosthunters

O nome da operação faz referência aos caçadores de fantasmas, aludindo à atuação das polícias na identificação de criminosos virtuais que se ocultam por trás de identidades falsas.

Legislação

No Brasil, a pena para quem pratica os crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, é de reclusão, respectivamente, de 4 a 8 anos e multa; de 1 a 3 anos; e de 3 a 10 anos e multa.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública