Patrick Derzi ainda afirmou que município precisaria improvisar atendimento caso algum paciente com Covid necessite de UTI neste momento. Município fará reunião com associação comercial nesta segunda para avaliar medidas restritivas na cidade.
Com os 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 ocupados no município desde o último sábado (27), a prefeitura de Ponta Porã, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, não descartou a possibilidade de precisar “improvisar atendimento” para infectados com a doença que precisem de uma UTI no município.
A afirmação foi dada pelo Secretário de Saúde, Patrick Derzi, nesta segunda-feira (30), em entrevista à TV Morena. Derzi disse que o município enfrenta uma situação preocupante com a lotação dos leitos destinados para Covid-19 e com Dourados, município vizinho, passando pelo mesmo cenário.
“Se algum paciente precisar de um respirador ou leito de UTI, não teria disponível. Teríamos que improvisar, ficando na sala vermelha, intubado… Uma situação bem difícil, com o paciente correndo risco de complicações por não ter o tratamento devido”, afirmou.
Derzi apontou ainda que os casos, mesmo que leves, aumentaram bastante no município, nas últimas semanas. “A gente fica preocupado pois a população não parece entender que, mesmo que sejam poucos os pacientes que enfrentam maiores complicações, eles podem lotar os hospitais. Logo não teremos para onde correr, nesse ritmo de infecções”, alertou o secretário.
Nesta segunda, o comitê de combate ao Covid de Ponta Porã irá se reunir com o comércio para avaliar medidas mais restritivas no município. “A prefeitura sempre foi parceira dos comerciantes, não houve lockdown em momento algum da pandemia, mas o que percebemos é que está havendo exageros, com desrespeito a horários de fechar bares e restaurantes, além da população estar realizando muitas festas clandestinas”, disse Derzi.
De acordo com o secretário de saúde de Ponta Porã, a intenção não é de fechar a cidade ainda, mas isso dependerá da população. “Não queremos prejudicar o comércio ou a geração de renda da cidade, mas se as pessoas não colaborarem e os irresponsáveis continuarem fazendo aglomerações desnecessárias, teremos que tomar medidas restritivas para frear o avanço da doença no município”, finalizou.
O discurso mantém o tom de gravidade do prefeito Hélio Peluffo, que postou no sábado, um apelo para a população da cidade obedecer as regras de distanciamento social e evitar aglomerações. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta segunda, Ponta Porã tinha registrado 1.577 casos, com 42 óbitos.
Fonte: G1 MS