Com a regulamentação das apostas esportivas, o governo brasileiro passa a implementar uma série de novidades, entre elas, o reconhecimento facial obrigatório.
Em 2025, os cassinos online que quiserem atuar no Brasil vão precisar seguir muitas regras de segurança. Jogue com responsabilidade.
Após um período de transição, apenas empresas 100% regularizadas podem operar no mercado de apostas no Brasil desde 1º de janeiro de 2025, data marcada como o início oficial do novo modelo no país.
Para isso, as plataformas de apostas precisaram se adequar a diversos requisitos, pagar a outorga de R$ 30 milhões e seguir as regras estabelecidas pelo governo federal.
Como irá funcionar o reconhecimento facial?
O reconhecimento facial é apontado como uma das opções mais seguras para confirmar a identidade do apostador. Essa tecnologia impede que terceiros utilizem a conta indevidamente, prevenindo ataques de hackers e restringindo o acesso de menores às plataformas de apostas.
Segundo a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda, o apostador deverá realizar o reconhecimento facial antes mesmo de criar sua conta nas casas de apostas. Inicialmente, esse processo servirá para confirmar os dados cadastrais.
Em uma segunda etapa, no uso diário da plataforma, o sistema verificará a identidade do usuário no momento do login e poderá ser solicitado a qualquer momento. Além disso, em situações específicas, como depósitos e saques, a autenticação será sempre obrigatória.
Atualmente, as casas de apostas utilizam sistemas de verificação de segurança amplamente reconhecidos, como o KYC (“Conheça o Cliente”). Cada operadora deverá investir em tecnologias para garantir a conformidade com a legislação vigente.
Caso a identidade do apostador não seja validada, o acesso à conta será bloqueado, sendo possível realizar uma nova tentativa posteriormente.
Por se tratar de um procedimento obrigatório, os usuários precisam autorizar explicitamente o uso de sua imagem para a verificação. Sem essa aceitação, não será possível apostar nas plataformas.
Reconhecimento fácil gera desconforto em alguns consumidores
Embora essa exigência aumente a segurança, também levanta questionamentos sobre privacidade e liberdade dos cidadãos. A preocupação está relacionada à proteção de dados dos usuários, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.
Por outro lado, a medida é vista como uma solução para evitar diversos problemas, buscando equilibrar a segurança nas operações das plataformas de apostas. No entanto, a obrigatoriedade do reconhecimento facial pode causar desconforto a alguns consumidores.
Diante disso, ainda se discute o equilíbrio entre segurança e privacidade, e o governo poderá desenvolver novas ações para ajustar esse processo. Por ora, porém, o reconhecimento facial será necessário para que os apostadores continuem utilizando as plataformas online no Brasil.