Emendas parlamentares terão de ser aprovadas pelo governo; bancada avalia formas de aplicação dos recursos
03/10/2019 05h – Campograndenews
Os integrantes da bancada federal de Mato Grosso do Sul se reuniram nesta quarta-feira (2) para avaliar estratégias para a busca de recursos por meio das emendas parlamentares, que terão novas regras em 2020. A deliberação de que o governo federal deverá aprovar o pedido dos congressistas e a falta, até o momento, da previsão de recursos para o setor de infraestrutura destinados ao Estado estão entre os pontos que motivaram debates.
Onze dos 12 integrantes da bancada participaram da reunião –apenas a deputada Bia Cavassa (PSDB) não foi à reunião no gabinete do coordenador da bancada, Nelsinho Trad (PSD), convocada para que os parlamentares pudessem analisar as alterações orçamentárias e traçar uma estratégia voltada a projetos estratégicos.
“Sabemos da dificuldade de convergir as prioridades de todos os parlamentares. Todos têm seus compromissos, mas vamos democraticamente tentar chegar a um denominador comum a fim de focar em projetos estratégicos para Mato Grosso do Sul”, afirmou Nelsinho, segundo quem é necessário trabalhar para reverter situações como a falta de recursos alocados no orçamento federal para 2020 que custeiem ações de infraestrutura no Estado.
“Eu vejo com muita preocupação a divisão dos recursos pelo governo. Até entendemos os critérios técnicos utilizados para a liberação de verbas, mas como vamos explicar para a população de Mato Grosso do Sul a falta de recursos?”, questionou o deputado federal Beto Pereira (PSDB).
Emendas – Já Dagoberto Nogueira (PDT) contestou o fato de que as emendas, agora, terão de ser submetidas e aprovadas pelo governo. “Diminuíram nossa autonomia”, protestou. Já Rose Modesto (PSDB) defendeu a necessidade de se atender ao maior número de cidades possível com os recursos a serem destinados, o que dependerá da confirmação quanto ao número exato de recursos.
“Já marcamos uma nova reunião na semana que vem para ir afunilando esta questão e chegar a um consenso”, destacou Nelsinho, que também pregou o reconhecimento do Palácio do Planalto ao “esforço” do Congresso na aprovação de projetos que estavam há duas décadas parados no Legislativo, como a reforma da previdência.
O quebra-cabeças orçamentário já tem entre seus ingredientes os pedidos feitos por entidades e organizações do Estado. A Defensoria Pública, por exemplo, busca verbas para a construção de uma sede que reúna todos os núcleos de atendimento e garanta acessibilidade aos usuários; enquanto o Exército pede verbas para a conclusão da implantação do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras); e a Polícia Rodoviária Federal pede melhorias na infraestrutura da corporação.
Ainda na Segurança Pública, o governo estadual solicita investimentos nas polícias Civil, militar e Corpo de Bombeiros, incluindo reformas, a construção da Academia da PM e a Escola dos bombeiros.
Na Educação, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) pleiteia construir um complexo de Inovação, Empreendedorismo, Ciência e Cultura em Campo Grande; e o IFMS (Instituto Federal do Estado) tenta continuar as obras de salas de aulas e laboratórios na Capital, Dourados, Jardim e Nova Andradina.
Participaram do encontro as senadoras Soraya Thronicke (PSL) e Simone Tebet (MDB) e os deputados federais Fábio Trad (PSD), Dr. Luiz Ovando (PSL), Loester Carlos (PSL) e Vander Loubet (PT) também participaram da reunião.