O Atitude 67 encostou o violão, o pandeiro e o rebolo em seu estúdio em São Paulo para descansar a cabeça e desbravar a natureza bruta e ímpar da divisa entre Rio de Janeiro e o estado paulista. Karan, Regê, GP, Eric, Leandro e Pedrinho se reuniram pela primeira vez para uma grande viagem de lazer, alugaram um motorhome e pegaram a rodovia Rio-Santos com destino a Paraty , a primeira cidade do litoral fluminense para que parte do sul para o norte.
No primeiro dia, o grupo estacionou em um camping com uma grande infraestrutura completa como banheiros, energia elétrica e espaço para a prática de esportes. O instrumentista GP diz ao iG Turismo que estava encantado com o local, principalmente com os novos amigos que fizeram por ali.
“Era um camping com uma estrutura irada, bem arborizado. Deu um ar bem gostoso! Fizemos churrasco, curtimos, fizemos amizades e ficamos ali por quatro dias”, introduz.
Karan lembra que ficou verdadeiramente impressionado com sua primeira experiência debaixo d’água. O músico diz que seus companheiros de banda Pedrinho e Regê já tinham feito um mergulho de batismo com cilindro em Fernando de Noronha, em Pernambuco, mas ele mesmo nunca tinha feito nada parecido.
“Nesta época, as águas de Paraty estão bem claras e decidimos mergulhar com cilindro. Contatamos uma equipe de mergulho de lá e foi algo muito gostoso! Pegamos um barco rumo à Ilha de Meros, tivemos uma apresentação de segurança, falando da fauna, flora e tudo o que veríamos embaixo d’água e passamos 40 minutos lá dentro. Vimos a estátua do Cristo Redentor, além de uma grande diversidade de peixes e tartarugas”, narra.
Águas de São Paulo
O Atitude 67 seguiu a estrada e, logo depois de cruzar a divisa entre os dois estados do Sudeste, parou para conhecer uma queda d’água que fica à beira da rodovia. A Cachoeira da Escada fica no Km 1 da Rio-Santos e tem um acesso bem fácil. Ela é uma das poucas que não tem poços para nadar e é muito procurada pelos amantes de rapel.
“Era por volta de 7h da manhã quando paramos no acostamento, o Regê e eu fomos até lá . O cenário era sensacional, incrível. Foi irado estar ali. É uma oportunidade ver aquilo. Tomei um banho para dar uma energizada e era um cenário deslumbrante”, explica Leandro ao posar com o amigo junto de uma escultura que está fixada no local.
Você viu?
Ao parar oficialmente em Ubatuba , os seis integrantes da banda foram em direção ao Saco da Ribeira, na região Sul da cidade (Km 66), em busca da Trilha das Sete Fontes. O percurso dura cerca de 1 hora e o turista precisa ficar atento aos locais mais íngremes do caminho, principalmente entre a Praia do Flamengo e a Praia das Sete Fontes. Se o viajante não tiver experiência de fazer trilhas níveis médios e difíceis, é recomendável contratar um guia.
Para GP, esse foi “o rolê mais irado” que o grupo fez. Ele conta que o caminho é muito bonito e que conseguiu ver do alto da montanha as praias Dionísia e do Flamenguinho, que não têm acesso pela trilha.
“Eu gosto demais de fazer esse rolê porque tem um contato com a natureza muito forte, uma energia que você troca e é muito sinistro. É um contato direto com as montanhas e a mata. Passamos pela praia do Flamengo e finalizamos na Praia das Sete Fontes, que é uma delícia. São poucas ondas e o dia estava lindo. Pegamos um dia muito abençoado”, comemora.
Barquário e ação social
No último dia de viagem, antes de voltarem a São Paulo, eles embarcaram no barquário, um pequeno barco, com o piso da parte central transparente, feito de policarbonato blindado e que possibilita ao turista observar a vida marinha. Karan diz que já tinham se informado sobre este passeio e recomenda a todas as idades.
“Este é projeto muito interessante porque, além de divertir a família, também ajuda a superar o medo de água na base da brincadeira. No passeio, eles ensinam a mergulhar e pude ver vários peixes e tartarugas. Dá para ver as rochas lá do fundo, a flora e outros animais como arraias e até lula”, enumera.
Por fim, o Atitude 67 dedicou parte de seu tempo para cuidar da natureza e se juntou ao projeto Minuto Mais Consciente, encabeçado pelo engenheiro ambiental João Vicente Lobo, que ajuda na preservação das praias ubatubenses catando lixo nas areias.
“O mais incrível é que, visualmente, ela nem parecia tão suja. Isso mostra o quanto nós estamos acostumados a conviver com o lixo. Durante a catação, a gente ficou mais de uma hora no local e coletamos os mais diversos materiais, mais de 650 bitucas de cigarro, tampas de plásticos, garrafas, vidro, cabo de cotonete, muito isopor e outros itens. Nos impressionamos ao ver o quanto as pessoas não se atentam a guardar os resíduos”, lamenta o vocalista Pedrinho.
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