É evidente o crescente número de pessoas e famílias que se afastam da Igreja Cristã, motivadas por diversas razões. Seja por mera conveniência e evitar a rotina de trabalho espiritual em benefício próprio e do próximo; por falta de esforço em nutrir uma fé em Deus, ou por desentendimentos e decepções com autoridades ou membros da congregação.
Embora esse fenômeno seja compreensível, especialmente em tempos como os atuais, marcados por grandes transformações e desafios sociais, políticos e econômicos, é crucial refletir sobre como resgatar essas “ovelhas perdidas”. Pois não há outro caminho para indivíduos e famílias alcançarem não apenas a salvação eterna – o que é de suma importância – mas também a plenitude e realização pessoal no presente.
Desde o princípio, Deus, em Sua infinita bondade e sabedoria, alertou que “muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” para uma vida verdadeiramente significativa e vitoriosa, rumo à salvação eterna. Isso evidencia a dificuldade que muitos enfrentarão ao seguir o caminho que Ele traçou, o qual é o melhor para todos.
Mesmo diante dos maiores obstáculos, inclusive aqueles considerados ‘intransponíveis’, Deus oferecerá auxílio e força àqueles que perseverarem em segui-Lo. Os ambientes mais propícios para fortalecer a espiritualidade são o lar e a Casa do Senhor, onde os convênios podem ser renovados por meio da participação nos sacramentos.
Na comunidade da igreja, ao lado de outros fiéis que compartilham dos mesmos bons princípios morais e espirituais, encontrarão a força necessária para permanecerem perseverantes. O perdão é fundamental; perdoar os erros próprios e alheios, 500 vezes mais se necessário for, e buscar reconciliação, é um passo essencial para a restauração espiritual.
Infelizmente, políticas malignas têm promovido uma verdadeira “guerra” contra as igrejas, visando enfraquecê-las e provocar o afastamento de seus membros como tem acontecido. É fundamental compreender que a igreja é um refúgio após o lar, essencial para o crescimento espiritual individual e familiar.
O resultado desse afastamento muitas vezes se reflete em situações lamentáveis, como o aumento de problemas sociais, como a depressão, dependência química, promiscuidade e violência.
Nesse período de Carnaval, por exemplo, quantas filhas e filhos de famílias afastadas da igreja, ou que nunca encontraram o Caminho, não se perderão para as drogas, a promiscuidade, a embriaguez e a prostituição?
Quantos pais já não choram pelo vício e perdição de seus filhos, inclusive para a violência e a ociosidade?
Quantos já não lamentam a escolha errada que fizeram ao se afastarem da igreja que os edificava e os fortalecia para viver bem, em segurança e harmonia, na grande jornada da vida, e hoje estão perdidos?
Quantos não choram em desespero enfrentando as mais fortes e violentas tempestades, desejando recuperar aquela bela, saudável e segura vida cotidiana de quando frequentava a Casa do Senhor? Agora, onde estão, parece tão longe, tão distante daquele estado de felicidade sem fim em que viviam.
É hora de refletir sobre a escolha errada de se distanciar da fonte de fortalecimento espiritual e segurança individual e coletiva.
É sempre tempo de mudar, de buscar o perdão e retornar à Casa do Senhor, deixando para trás toda mágoa, ressentimentos e preconceitos. Nada é mais importante do que encontrar o Caminho de volta à presença de Deus e de Seu filho, Jesus Cristo.
Daí esse nosso apelo e esforço de todos os Cristãos, em obediência ao segundo grande Mandamento do Senhor, de “Amar o próximo como a ti mesmo”, e nos empenharmos no resgate dessas pessoas e famílias desgarradas do rebanho do Senhor.
*Jornalista, Professor e Cristão SUD